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terça-feira, 30 de julho de 2013

A boa saúde das OSS

No Parsifal Pontes:

Estado paga R$ 275 milhões à OSs e a saúde não chega ao razoável


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Matéria do “Diário do Pará” (28.07) reporta que os defensores públicos de Altamira ajuizaram ação contra o Estado visando obrigar o governo a dar assistência ao menor Danillo da Silva, internado há 30 dias no Hospital Público da Transamazônica, em coma, à espera de um leito em Belém.
A “Central de Leitos” é um pesadelo: os familiares vagam à procura de um leito hospitalar quando os hospitais regionais lavam as mãos e “enviam” o paciente para Belém.
> Pró-Saúde
Enquanto isso, o governo do Pará paga às Organizações Sociais (OSs) que administram os hospitais regionais do Estado, R$ 275 milhões por ano.
A paulista Pró-Saúde, menina dos olhos tucanos, tomou para si a quase totalidade da doença dos paraenses: administra o Hospital Metropolitano, onde fatura R$ 81,6 milhões por ano, o regional de Santarém, R$ 87,1 milhões, o regional da Transamazônica (Altamira), R$ 48 milhões e o regional de Marabá, R$ 45,6 milhões.
> Pode pular atrás
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Voltaire disse que “se alguém visse um banqueiro pulando um abismo podia pular atrás, pois havia algo muito bom lá embaixo”. Esse conceito cabe nos contratos do governo com a Pró-Saúde: enquanto o SUS paga até R$ 10 por uma consulta médica, a Pró-Saúde recebe da SESPA, por uma consulta no regional da Transamazônica, R$ 461,52.
> INDSH
O Hospital Regional de Tailândia foi entregue à paulista Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), que recebe R$ 22,8 milhões por ano, ou R$ 1,9 milhão por mês.
A CECAD, que administrava a doença no dito hospital até o dia 5 de julho desse ano, recebia R$ 400 mil por mês, ou seja, cinco vezes menos que a INDSH passou a receber. A CECAD recebia de menos ou a INDSH está recebendo demais?
> Ações de improbidade e inconstitucionalidade
Ministérios públicos de todo o Brasil, inclusive do Pará, patrocinam ações de improbidade contra os contratos com as OSs. Além disso alega-se a inconstitucionalidade da relação, que equivaleria, na prática, à “privatização da Saúde”.
Há três ações diretas de inconstitucionalidade tramitando no Supremo Tribunal Federal, opondo-se ao repasse de hospitais públicos às OSs, e enquanto essas ações não são julgadas, a simbiose entre o público e privado que as OSs patrocinam seguem fazendo a festa.
> Nem vem que não tem
Para que não aleguem que “só critico agora”, pesquisem no blog e verão que sempre critiquei a “privatização” da saúde pública, pois opino que, salvo raríssimas exceções (e não é correto raciocinar por exceções),  essa simbiose é maléfica para o usuário e uma incompetência gerencial do governo. Vejam o que eu escrevi aqui, em 2011.

2 comentários:

Anônimo disse...

O SEC ADJUNTO DA SEC DE OBRAS JÁ FOI, O PREFEITO JOÃO SALAME, NÃ AGUENTOU TANTA PRESSÃO DE ALGUNS VEREADORES, BUÁTOS NOS CORREDORES, DÃO CONTA DE QUE A VEREADORA JULIA ROSA FOI QUEM FEZ O CHAMADO DE ALGUNS NOVATOS, COMO IRMÃ NAZARE, QUE DE IRMÃ TEM SÓ O CAMINHADO !, ORLANDO ELIAS,JOÃO IRAM E O VETERANO GUIDO MUTRAN, QUE É DO MESMO PARTIDO,AGORA TE PERGUNTO, QUAL ,E A FUNÇÃO DO VEREADOR, SÃO TODOS UM BANDO DE OPORTUNISTAS, QUE SÓ PENSAM NELES, E O POVO QUE VA PRA BAIXA DA ÉGUA, E VCS BANDO DE BUNDÃO, CONTINUI VOTANDO NESTE MESMO GRUPO CITADOS,EU VOU É MIM BORA, QUE EU NÃO SOU BROCOTO, NEM FILHO DE UMA RONCA E FUSSA !!!

Anônimo disse...

No Hospital de Tailândia falta agulha pra aplicar Bezetacil. Foi motivo até de uma reportagem pela TV local.

http://bmtv11.com/2013/07/falta-agulha-de-benzetacil-no-ps-do-bairro-novo
Falta agulha de benzetacil no PS do bairro novo
jul. 23
De acordo com uma moradora, que não quis ser identificada, ela procurou o postinho IGNÁCIO KOURY GABRIEL no bairro novo para ser atendida, a medicação passada foi benzetacil, mas como não havia agulha para aplicar, ela voltou para casa. Outra paciente também encontrou o mesmo problema, só que resolveu comprar a agulha em uma farmácia da cidade, comprou errada. Nenhum paciente souber informar desde quanto o problema começou. Até na manha dessa terça-feira, ainda não tinha chegada agulha e nem seringa grandes para aplicação do remédio.

Outro Lado
Segundo informou a secretária de saúde do município o material já foi comprado, mas o fornecedor é que ainda não entregou o produto.