Estado paga R$ 275 milhões à OSs e a saúde não chega ao razoável
Matéria do “Diário do Pará” (28.07) reporta que os defensores públicos de Altamira ajuizaram ação contra o Estado visando obrigar o governo a dar assistência ao menor Danillo da Silva, internado há 30 dias no Hospital Público da Transamazônica, em coma, à espera de um leito em Belém.
A “Central de Leitos” é um pesadelo: os familiares vagam à procura de um leito hospitalar quando os hospitais regionais lavam as mãos e “enviam” o paciente para Belém.
> Pró-Saúde
Enquanto isso, o governo do Pará paga às Organizações Sociais (OSs) que administram os hospitais regionais do Estado, R$ 275 milhões por ano.
A paulista Pró-Saúde, menina dos olhos tucanos, tomou para si a quase totalidade da doença dos paraenses: administra o Hospital Metropolitano, onde fatura R$ 81,6 milhões por ano, o regional de Santarém, R$ 87,1 milhões, o regional da Transamazônica (Altamira), R$ 48 milhões e o regional de Marabá, R$ 45,6 milhões.
> Pode pular atrás
Voltaire disse que “se alguém visse um banqueiro pulando um abismo podia pular atrás, pois havia algo muito bom lá embaixo”. Esse conceito cabe nos contratos do governo com a Pró-Saúde: enquanto o SUS paga até R$ 10 por uma consulta médica, a Pró-Saúde recebe da SESPA, por uma consulta no regional da Transamazônica, R$ 461,52.
> INDSH
O Hospital Regional de Tailândia foi entregue à paulista Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), que recebe R$ 22,8 milhões por ano, ou R$ 1,9 milhão por mês.
A CECAD, que administrava a doença no dito hospital até o dia 5 de julho desse ano, recebia R$ 400 mil por mês, ou seja, cinco vezes menos que a INDSH passou a receber. A CECAD recebia de menos ou a INDSH está recebendo demais?
> Ações de improbidade e inconstitucionalidade
Ministérios públicos de todo o Brasil, inclusive do Pará, patrocinam ações de improbidade contra os contratos com as OSs. Além disso alega-se a inconstitucionalidade da relação, que equivaleria, na prática, à “privatização da Saúde”.
Há três ações diretas de inconstitucionalidade tramitando no Supremo Tribunal Federal, opondo-se ao repasse de hospitais públicos às OSs, e enquanto essas ações não são julgadas, a simbiose entre o público e privado que as OSs patrocinam seguem fazendo a festa.
> Nem vem que não tem
Para que não aleguem que “só critico agora”, pesquisem no blog e verão que sempre critiquei a “privatização” da saúde pública, pois opino que, salvo raríssimas exceções (e não é correto raciocinar por exceções), essa simbiose é maléfica para o usuário e uma incompetência gerencial do governo. Vejam o que eu escrevi aqui, em 2011.
2 comentários:
O SEC ADJUNTO DA SEC DE OBRAS JÁ FOI, O PREFEITO JOÃO SALAME, NÃ AGUENTOU TANTA PRESSÃO DE ALGUNS VEREADORES, BUÁTOS NOS CORREDORES, DÃO CONTA DE QUE A VEREADORA JULIA ROSA FOI QUEM FEZ O CHAMADO DE ALGUNS NOVATOS, COMO IRMÃ NAZARE, QUE DE IRMÃ TEM SÓ O CAMINHADO !, ORLANDO ELIAS,JOÃO IRAM E O VETERANO GUIDO MUTRAN, QUE É DO MESMO PARTIDO,AGORA TE PERGUNTO, QUAL ,E A FUNÇÃO DO VEREADOR, SÃO TODOS UM BANDO DE OPORTUNISTAS, QUE SÓ PENSAM NELES, E O POVO QUE VA PRA BAIXA DA ÉGUA, E VCS BANDO DE BUNDÃO, CONTINUI VOTANDO NESTE MESMO GRUPO CITADOS,EU VOU É MIM BORA, QUE EU NÃO SOU BROCOTO, NEM FILHO DE UMA RONCA E FUSSA !!!
No Hospital de Tailândia falta agulha pra aplicar Bezetacil. Foi motivo até de uma reportagem pela TV local.
http://bmtv11.com/2013/07/falta-agulha-de-benzetacil-no-ps-do-bairro-novo
Falta agulha de benzetacil no PS do bairro novo
jul. 23
De acordo com uma moradora, que não quis ser identificada, ela procurou o postinho IGNÁCIO KOURY GABRIEL no bairro novo para ser atendida, a medicação passada foi benzetacil, mas como não havia agulha para aplicar, ela voltou para casa. Outra paciente também encontrou o mesmo problema, só que resolveu comprar a agulha em uma farmácia da cidade, comprou errada. Nenhum paciente souber informar desde quanto o problema começou. Até na manha dessa terça-feira, ainda não tinha chegada agulha e nem seringa grandes para aplicação do remédio.
Outro Lado
Segundo informou a secretária de saúde do município o material já foi comprado, mas o fornecedor é que ainda não entregou o produto.
Postar um comentário