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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Estiagem

Ensolarada e súbita cai a manhã gloriosa. Fino ouro interminável, goivos de luz e azul sobre telhados de ocre esparge o retinto anil. Azul despenca uma folha: sanhaçu voraz – o dia. Ágil peixe entre centauros, frescor de corpos – o dia. Vês essa trama do tempo? Vês essa carne volátil? Ela retesa e tece em torno às moscas das horas a cintilante voragem. Ó encantamento blue... Ah, desamor, desamor !... À falta de teus orgasmos, colho esses tristes orvalhos...

4 comentários:

morenocris disse...

Caramba...quente essa !...apimentada!

Beijinhos.

Ademir Braz disse...

O amor, Cris... Viu o comentário de "Lua de Jade"? Ela mesma, em puro plenilúnio, visitou a arte e a tenda deste pobre poeta.
Veja o que ela escreveu, sob a poesia que é toda ela...

Enzo Carlo Barrocco disse...

Assim, sim, dá gosto de ler! Um poema para os que querem aprender essa lida.

Um grande abraço do

Enzo

Ademir Braz disse...

Caríssimo Enzo:
Obrigado pela visita, Por falta de tempo tenho deixado de atualizar o blog, mas espero voltar em breve à rotina.
Um abraço