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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

São João não quer ser lixeira de Marabá

A informação do Correio do Tocantins sobre possível acordo entre os prefeitos de Marabá e São João do Araguaia, para a deposição do judicialmente interditado lixão marabaense em território do município vizinho, já provocou a primeira reação. Diversas associações civis de São João do Araguaia – de pais, famílias carentes, agricultores, mães, etc. – encaminharam abaixo assinado à vereadora Isailene Labres de Souza, presidente da Câmara, repudiando a proposta e exigindo participação no seu debate, caso se concretizem as negociações. Cópias do documento de três páginas também foram encaminhadas à Justiça, ao Ministério Público, Ibama e Câmara Municipal de Marabá Para as entidades, aterro sanitário será sempre a fonte de “transtornos e inquietação não só para as próximas gestões municipais, mas notadamente para a população de agora e, fundamentalmente, para as futuras gerações. Porque, “por melhor instalado que for, o lixão será sempre uma chaga aberta na dignidade de nossa gente”, e viés de segregação para muitos “hoje na ociosidade por falta de políticas públicas preparatórias e de inclusão da juventude no mercado de trabalho e em razão de uma educação de qualidade fragilizada que há anos persiste neste município”. “É lamentável imaginar que ao São João das Três Barras dos nossos pais e, agora, São João do Araguaia dos nossos filhos, do qual marabá fora distrito, esteja reservada a sina de se tornar lixeira da terra de Francisco Coelho”, prossegue o documento. Quem sabe Marabá, ao invés das moscas, dos camundongos, dos urubus, pudesse contribuir conosco na capacitação continuada dos professores de nossos filhos, o que certamente renderia frutos da melhor qualidade para toda a região sudeste do Estado. Ou, quiçá, nos servindo de cicerone junto à Vale, Ao Sesi, ao Senai, ao Sebrae, para f0rmação de técnicos de nível médio em franca ascensão nesta região”.

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