terça-feira, 30 de junho de 2009
Em camadas
Encontrei no Amazonia.org.br:
"Pelo que consta nos registros dos cartórios do Pará, o Estado tem quase quatro vezes o tamanho oficial registrado nos mapas. As chamadas "terras de papel", nome dado aos títulos supostamente irregulares, fazem do Pará o recordista em grilagem de terra no país.
Um bom exemplo disso é o mineiro Elias Ralim Mifarreg. A situação de grileiro dele é atestada por um laudo do Iterpa, o instituto de terras do Estado. O documento conclui que o título de terra apresentado pelo fazendeiro refere-se a outro imóvel, localizado a 20 quilômetros de distância da região ocupada por ele, que é da União.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) só descobriu que a terra era da União durante o processo de desapropriação para a reforma agrária. O instituto prepara agora a retomada do imóvel. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele contou que comprou o título da terra por carta em 72, de um primeiro "proprietário" da área, em Rondon do Pará, estimulado pela propaganda oficial que convidava à ocupação da Amazônia. O papel foi levado ao cartório 25 anos depois.
A comissão de monitoramento da grilagem, criada pelo Tribunal de Justiça há dois anos, com base em pesquisa nos cartórios paraenses,detectou o registro de mais de 5.000 imóveis com mais de 25 quilômetros quadrados, o limite de venda de terras públicas fixado pela Constituição. Nove deles teriam mais de 10 mil quilômetros quadrados."
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Como se não bastasse um só...
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