Diariamente, apenas dois delegados de polícia civil estão de serviço em Marabá. O plantonista da Cidade Nova é responsável por todo o complexo urbano integrado pelos bairros Cidade Nova, Jardim das Laranjeiras, Novo Horizonte, Liberdade, Independência, Vale do Itacaiúnas, Bom Futuro, Alvorada, União, Amapá (I e II), Vila do km-8 e Agrópolis do Incra. Também pela Velha Marabá. Num cálculo conservador, são pelo menos 100 mil pessoas.
O titular da Nova Marabá responde por este e pelos bairros São Félix I, II, III e IV, Morada Nova e zona rural: algo aí em torno de mais 120 mil habitantes, também em avaliação modesta. Nesta delegacia, cabe a uma única pessoa o trabalho de registrar as ocorrências policiais. O outro destacado não tem computador para trabalhar. Segundo informação da Delegacia de Homicídios, dois assinatos ocorrem, por dia, em Marabá.
As delegacias também são irmãs gêmeas na falta de estrutura, dos equipamentos imprestáveis para corresponder à demanda. - “Sinceramente, eu não sei como se pode exigir eficiência de servidores submetidos a essas condições desumanas de trabalho”, diz com indignação o presidente da Subsecional da OAB Marabá, Haroldo Júnior. Juntamente com os advogados Maurílio Ferreira e Adebral Favacho, ele esteve ontem em visita aos policiais civis da Cidade Nova, por conta de levantamento da situação das delegacias de Marabá, com vista a confecção de relatório e cobrança de providências imediatas para este segmento.
Na delegacia da Nova Marabá, a comissão deparou-se com uma situação triste e absolutamente irregular: há quase nove dias o adolescente T.C.R., de 17 anos, apreendido por roubo, está dormindo no chão de uma cela imunda. Indagado sobre o acompanhamento devido de assistente social e psicólogo para o infrator, o plantonista apenas sorriu. Por lá nunca apareceu qualquer representante do Judiciário ou do Ministério Público sequer para verificar a falta de cela adequada à transição de menores.
- É uma situação absurda, tudo isso, reitera Haroldo Júnior. Por isso, vamos concluir logo o levantamento para exigir do delegado do Interior Miguel Cunha Filho, mas principalmente do governo do Estado as providências urgentes para o trabalho da Polícia Civil em Marabá. Porque se estamos aqui tão mal assim, imagine como não estarão as outras delegacias municipais.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
OAB: Situação grave na Polícia Civil
Diariamente, apenas dois delegados de polícia civil estão de serviço em Marabá. O plantonista da Cidade Nova é responsável por todo o complexo urbano integrado pelos bairros Cidade Nova, Jardim das Laranjeiras, Novo Horizonte, Liberdade, Independência, Vale do Itacaiúnas, Bom Futuro, Alvorada, União, Amapá (I e II), Vila do km-8 e Agrópolis do Incra. Também pela Velha Marabá. Num cálculo conservador, são pelo menos 100 mil pessoas.
O titular da Nova Marabá responde por este e pelos bairros São Félix I, II, III e IV, Morada Nova e zona rural: algo aí em torno de mais 120 mil habitantes, também em avaliação modesta. Nesta delegacia, cabe a uma única pessoa o trabalho de registrar as ocorrências policiais. O outro destacado não tem computador para trabalhar. Segundo informação da Delegacia de Homicídios, dois assinatos ocorrem, por dia, em Marabá.
As delegacias também são irmãs gêmeas na falta de estrutura, dos equipamentos imprestáveis para corresponder à demanda. - “Sinceramente, eu não sei como se pode exigir eficiência de servidores submetidos a essas condições desumanas de trabalho”, diz com indignação o presidente da Subsecional da OAB Marabá, Haroldo Júnior. Juntamente com os advogados Maurílio Ferreira e Adebral Favacho, ele esteve ontem em visita aos policiais civis da Cidade Nova, por conta de levantamento da situação das delegacias de Marabá, com vista a confecção de relatório e cobrança de providências imediatas para este segmento.
Na delegacia da Nova Marabá, a comissão deparou-se com uma situação triste e absolutamente irregular: há quase nove dias o adolescente T.C.R., de 17 anos, apreendido por roubo, está dormindo no chão de uma cela imunda. Indagado sobre o acompanhamento devido de assistente social e psicólogo para o infrator, o plantonista apenas sorriu. Por lá nunca apareceu qualquer representante do Judiciário ou do Ministério Público sequer para verificar a falta de cela adequada à transição de menores.
- É uma situação absurda, tudo isso, reitera Haroldo Júnior. Por isso, vamos concluir logo o levantamento para exigir do delegado do Interior Miguel Cunha Filho, mas principalmente do governo do Estado as providências urgentes para o trabalho da Polícia Civil em Marabá. Porque se estamos aqui tão mal assim, imagine como não estarão as outras delegacias municipais.
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6 comentários:
Caro Ademir, ao ler a materia com o Dr. Haroldo Júnior da OAB local, sobre a situação da PC na cidade, imediatamente pensei : É por essas e outras, que continuamos bradando pelo nosso Estado do Carajás. Em 24.04.10, Marabá-PA.
Ademir,
Você, procurou ouvir o Superintendente da Policia Civil de Marabá.Uma vez que frequento as Unidades Policiais, e vejo muito Delegados novos em Marabá. será que eles não trabalham.
Antonio Souza Pinho
Carajás. Já!
Caro Antônio Pinho:
A note esses dados a mais: a Polícia Civil está recebendo por dia, para custeio de combustível, R$ 30 - dá pra c erca de 15 litros de gasolina. Das duas viaturas, uma entrou em combustão semana passada e, se tiver conserto, vai levar prazo indeterminado porque o Estado é lento demais para acudir sua própria manutenção.
A Superintendência da PC possui atuação prioritariamente administrativa. Por isso, a OAB esteve nas delegacias, o segmento operacional, onde ouviu delegados e demais servidores das unidades, que é o que interessa para o cotidiano do combate à violência.
Não está afastada uma oitiva da Superintendência.
Um abraço
Prezado Ademir,
Conhecedo o miguel Cunha, como conheço, essas denúncias, com certeza, não ficarão sem resposta.
Um Abraço.
carlos Silva Prestes
Caro Ademir, como civil comum dou a sugestão : Ao Dr. Miguel Cunha(Belém) que transfira o Dr. Bosco Seixas, tambem conterrâneo, para a Chefia Da Superintendencia Marabá, lógico, com estrutura adequada para trabalho digno. Tal sugestão, se prende ao simples fato, de que, como filho desta terra, e pelo belo trabalho que vem realizando, há de ter motivos para moralizar sua terra natal, no que tange ao aumento diario e excessivo da violencia. Dr. Bosco Seixas JÁ...Em 28.04.10, Marabá-PA.
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