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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Soltura revolta CPT

Reunidos em Montes Claros (MG), para o III Congresso Nacional da CPT, cerca de 900 delegados e delegadas de todo o país receberam com desencanto e e indignação a notícia de que Taradão, um dos acusados de ser o mandante do assassinato da irmã Dorothy Stang, foi solto após 18 dias de sua condenação a 30 anos de prisão por esse crime. Essa notícia lhes chegou justamente no dia em que o Congresso irá celebrar a memória dos mártires da terra. Em nota pública, os delegados da CPT manifestaram sua mais profunda indignação por este ato da "justiça" paraense, lembrando que Regivaldo foi condenado no dia 1 de maio de 2010 a 30 anos de prisão pelo assassinato de Irmã Dorothy Stang, dia 12 de agosto de 2005. “Na ocasião de sua condenação lhe foi negado o direito de apelar em liberdade. Por incrível que pareça, 18 dias depois de sua condenação, uma liminar da desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia dos Santos, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, lhe concede habeas corpus pondo-o em liberdade”, diz a nota. “Com sua condenação, pensávamos que a justiça tinha sido realizada, mas agora o criminoso volta à liberdade”. E acrescentam: “Mais uma vez se configura o que muitas vezes tem sido repetido pela CPT e por praticamente todas as instituições de Direitos Humanos: a cadeia foi feita exclusivamente para os pobres. Os que têm recursos financeiros sempre conseguem os "benefícios da lei" enquanto os pobres, presos sem terem qualquer acusação formal, permanecem anos e anos encarcerados sem terem acesso a qualquer julgamento! A impunidade continua alimentando a violência.

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