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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Melhor ir pescar...

O blog Espaço Aberto, de Belém, dá uma causa plausível para a ida de Aserúbal Bentes para  putativa secretaria de Pesca do Estado: o deputado tenta escapar da ação penal a que responde no Supremo Tribunal Federal desde 2006, quando foi acusado de mandar fazer laqueaduras em troca de voto para a prefeitura de Marabá. A laqueadura é uma lesão corporal irreversível, definitiva. Leia o que diz Espaço Aberto:

“O blog chamou atenção, ontem à tarde, para a curiosa dualidade de critérios na escolha de secretários do novo governo tucano que toma posse no próximo sábado, na Assembléia Legislativa.
De um lado, o coronel Hilberto Figueiredo, cogitado e logo descartado para o comando-geral do Corpo de Bombeiros, quando se descobriu que ele é réu em processo que apura desvio de dinheiro da corporação e estelionato.
De outro lado, o deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), escolhido para a Secretaria de Pesca e Aqüicultura (Sepaq), muito embora seja réu em ação penal que está praticamente com tramitação concluída perante o Supremo Tribunal Federal, eis que o parlamentar goza de foro privilegiado.
(...)
outro detalhe, todavia, dos mais relevantes envolvendo o coronel Hilberto Figueiredo e o deputado Asdrúbal Bentes.
É que o coronel, se vier a ser condenado, ainda tem possibilidade de recorrer a instâncias superiores e reverter a pena que eventualmente vier a ser-lhe foi imposta.
E o deputado Asdrúbal Bentes?
No caso dele, se vier a ser condenado, acabou-se o que era doce.
Como o Supremo é última instância, o deputado não teria mais para onde correr. se for para o Supremo do Afeganistão, onde ninguém ousa botar os pés. Ou para o Supremo Tribunal Federal de Pasárgada, destino adequado para quem é amigo do rei."
Pescar é melhor que ir para a cadeia


4 comentários:

Anônimo disse...

Braz,

Se o deputado renunciar, desloca a competência do seu julgamento para o TJE do Pará.
Se apenas se licenciar para assumir a Secretaria de Pesca - como de regra acontece - entendo que permanecerá a competência do STF para julgá-lo, posto que, embora licenciado, permanece como Deputado, podendo reassumir o cargo.
Concordas?

Anônimo disse...

Nós demos para Asdrúbal uma aposentadoria vitalícia. Quiçá não fique para seus descendentes até a última geração.

Temos que trabalhar para nos sustentar, e a esses iluminados.

Anônimo disse...

Completando...

É uma gorda aposentadoria.

Ademir Braz disse...

Asdrúbal admitiu que só licenciou-se do cargo federal. Assim, permanece com o STF a competência para julgá-lo, uma vez que permanece o vínculo.