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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O leitor quer saber por que sou emancipacionista?

PORQUE SIM!
A luta pela independência do Sul e Sudeste do Pará é antiga. Apenas dez anos após a fundação de Marabá, cidadãos cansados com o descaso do governo do Pará organizaram uma comitiva que foi até Goiás pedir a anexação desta região àquele Estado. Foi em 1908, e a iniciativa só não deu certo porque policiais militares foram mandados de Belém para prender todas as pessoas que foram em busca de escola, posto de saúde, iluminação pública e outros direitos negados pelo governo paraense.

Desde então, as grandes questões de interesse regional têm sido tratadas como caso de policia pela administração do Pará. Veja, por exemplo:

• Em 1987, quando trabalhadores desesperados e famintos ocuparam a ponte do rio Tocantins, protestando contra o abandono em que viviam em Serra Pelada, o governo do Estado mandou a polícia militar a retirá-los de qualquer maneira da ferrovia da Vale do Rio Doce. Cercados de um e outro lado, centenas de garimpeiros foram metralhados, no que ficou registrado como uma verdadeira chacina nunca apurada pela Justiça.

• Em 1996, trabalhadores rurais sem-terra ocuparam, e protesto, a estrada PA-150, em Eldorado de Carajás, na famosa Curva do S, e dezenove deles foram assassinados pela Polícia Militar do Estado.

• Ninguém esquece que atualmente é prática comum o governo do Estado mandar a polícia despejar trabalhadores que ocupam um pedaço de terra, no campo, para trabalhar, ou na cidade, para viver e criar seus filhos.
Com a criação do Estado de Carajás, questões dessa ordem serão tratadas como demandas sociais justas que merecem resolução imediata através de políticas públicas que contemplem a reforma agrária e os loteamentos urbanos populares e o fim das favelas em que as pessoas vivem em condições subumanas.
A luta pela emancipação de Carajás não se resume apenas à fixação de seus limites estaduais. Por toda parte organizam-se movimentos populares com toda uma pauta de reivindicações que não coincidem com os interesses das elites políticas tradicionais.
Para quem é contra a criação do Estado de Carajás, vale a pena relembrar o que diz o jornalista e escritor paraense Manuel José Sena Dutra:
“Permanecendo a atual situação, de um Pará “unido”, haverá mais igualdade? Haverá mais honestidade no trato do dinheiro público? Você deve ter lido sobre o que ocorre na Assembléia Legislativa do Pará atualmente: uma verdadeira casa de horrores, tantos são os atos de corrupção. Igualdade, o combate à corrupção e a busca de um Brasil mais equânime podem ser objetivos de estados autônomos, mas a decisão será sempre nacional, de todos os brasileiros a exigir mudanças nas leis penais, pondo fim aos privilégios dos poderosos que raramente são alcançados pela lei e pela cadeia. Há riscos, sim, para os novos estados. Porém, onde, em que estado do país não há desmandos?”
Para nós, do sul e sudeste do Estado, estabelecida a separação oficial nossa região deverá eleger representantes comprometidos com as mudanças, para melhor, que todos nós esperamos há muitos anos.
Serão investimentos na geração de empregos, na melhoria do transporte público, na construção de mais escolas de primeiro e segundo graus, no pagamento digno de professores, na oferta de cursos de capacitação técnica, no saneamento dos cursos d’água existentes na área urbana, na abertura de vicinais e concessão de apoio aos nossos colonos para que sua produção, sem agrotóxicos, cheguem com seu devido valor à mesa do consumidor .
Serão convênios com o Governo Federal para projetos agrícolas, transporte e merenda escolar de qualidade, segurança pública, saneamento básico e oferta de água potável e ininterrupta em todos os bairros.
Não há outra saída para o futuro que desejamos para nossos filhos que não seja através da criação do Estado de Carajás.
Por isso, vamos à luta!
No dia do plebiscito, vá às urnas e vote SIM, vote 77.
Dê um basta no descaso com que sempre fomos tratados, apesar de toda a contribuição financeira que nossa região dá ao Pará sem qualquer contrapartida para atender nossas necessidades.

5 comentários:

Anônimo disse...

Uma pergunta: o que vai ser feito com os políticos que têm e tiveram mandatos no futuro estado do Carajás, já que eles contribuiram enormemente para as mazelas que hoje vivemos? Vamos dividir e entregar nas mãos desses incompetentes? Se for para as mãos dele, vai mudar alguma coisa em relação ao caos que hoje vivemos? Quem irá promover a varredura desses canalhas que hoje são donos de mandatos no sudeste, conseguidos através da compra de voto?

Gilmar disse...

Ademir,
O Tiao Miranda vai para Xangai, na China e nao vai poder votar no dia 11, ou seja tem coisa mais importante para ele do que a eleição separatista. Somos sabedores de que ele nao é favor da divisao e que em recente visita do jatene a maraba alguem colocou um adesivo em sua camisa imediatamente ele tirou.
Esta noticia esta fervendo em Marabá. Agora a pergunta que nao quer calar o que será que ele vai fazer na China? Acho que nós eleitores deste traidor devemos ver a foto dele publicada no dia 11 votando para nao haver duvidas.

Ademir Braz disse...

Tiãozinho vai a Xangai levar xaxim e xanxerê pro chá.
Só pode!...

Anônimo disse...

Eu também voto Sim - 77, e acredito que os responsáveis pela mudança política deste novo estado que em poucos dias nascerá será de nossa responsabilidade.
Prof. Francisco Neto

Marabaense/Paraense disse...

Tomara que ele fique por lá.