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terça-feira, 6 de março de 2012

Solidariedade a Lúcio Flávio Pinto

Vai começar agora, às 18h, no auditório do MPF, em Belém, o ato de solidariedade ao jornalista Lúcio Flávio Pinto, condenado a indenizar o falecido empresário Cecílio do Rego Almeida por tê-lo chamado de grileiro em uma das edições do Jornal Pessoal, que o jornalista edita e publica há 25 anos.
Lúcio Flávio Pinto foi penalizado por denunciar, em 1999, no Jornal Pessoal, o empresário Cecílio Rego de Almeida por grilar uma área de 4,7 milhões de hectares de terras públicas na região do Xingu, no Pará. O empresário morreu em 2007 e, mesmo assim, Lúcio Flávio foi obrigado a pagar R$ 8 mil por “ofensas morais” a ele, ao chamá-lo de grileiro e pirata fundiário.
O MPF é autor de três ações judiciais contra Cecílio, sua empresa Incenxil e seus herdeiros, justamente por esse caso de grilagem de terras. A chamada fazenda Curuá, objeto da grilagem, teve seus registros cancelados em um desses processos em outubro de 2011, por sentença da Justiça Federal. Os herdeiros do empresário perderam o prazo para recorrer do processo, o que pode significar a anulação definitiva da grilagem.
O procurador da República Felício Pontes Jr participará do debate de hoje, ao lado da presidente do Sindicato dos Jornalistas no Pará, Sheila Faro, do presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, Marco Apolo, do vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPA, Jeronimo Treccani, da pesquisadora da Museu Paraense Emilio Goeldi, Ima Vieira e da professora do curso de Comunicação Social da UFPA Rosaly Brito. 

Um comentário:

Aurismar Lopes Queiroz disse...

Amordaçar a boca de quem denuncia é sempre um ato rasteiro de uma justiça marrom e metropolitana.