Pages

terça-feira, 3 de abril de 2012

Notícias da Casa dos Horrores

03/04/2012
 Polícia vê indício de homicídio doloso na morte de gêmeos 
Cinco dias depois da morte do recém-nascido Mateus Roberto, seu irmão gêmeo Enzo Gabriel não resistiu e morreu na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Regional Público do Sudeste Dr. “Geraldo Veloso”.

A advogada e amiga Adelaide Vieira, que defende Teresa Carosi, lamentou a morte do bebê Mateus Roberto, na noite da última sexta-feira, no Regional. Para ela, a negligência médica está clara e os culpados terão que responder na Justiça.

Adelaide revelou que um enfermeiro que estava de plantão no HMI, na noite do parto, fez um toque vaginal em Tereza enquanto segurava com a outra mão pedaços de biscoito. “Não vamos deixar essa situação perder fôlego, mas denunciar em todas as instâncias possíveis”, advertiu ela.
No parto, Tereza sofreu ruptura no útero e hemorragia. Na tarde da última sexta-feira, ela foi transferida por volta de 15 horas para o Hospital Regional Público do Sudeste, por apresentar um quadro de derrame pleural. Ontem, Tereza foi atendida por uma psicóloga do Regional e depois recebeu alta.
Ontem, o superintendente de Polícia Civil do Sudeste, delegado Alberto Teixeira, disse que tão logo recebeu ofício do Ministério Público Estadual enviou uma equipe para o HMI para localizar o corpo da criança que havia morrido para que fosse encaminhado para necropsia, e ainda realizar as primeiras diligências para elucidar os fatos.
O delegado Jorge Carneiro instaurou o inquérito civil e mais sete pessoas já foram ouvidas sobre o caso, entre as quais profissionais de saúde e de portaria, que trabalharam no Hospital Materno Infantil na noite do parto de Tereza Carosi, no dia 26 de março.
“Vamos apurar a fundo essa situação, porque esta não é a primeira vez que nos chega denúncia de óbito de recém-nascido no município de Marabá. Essa é uma situação que nos assusta, porque uma mãe aguarda seu filho por nove meses e num momento ímpar para a família, a felicidade pode acabar por uma negligência ou descaso no momento do parto”, desabafou o superintendente.
Segundo o delegado Alberto Teixeira, pessoas serão responsabilizadas e não haverá nenhum tipo de complacência na apuração dos fatos, porque é algo que choca a sociedade e não pode ficar impune.
Ainda de acordo com o delegado, a polícia vai trabalhar em conjunto com o Ministério Público neste caso para que a apuração tenha um desdobramento amplo, não apenas para responsabilizar quem deixou de prestar atendimento momentâneo para as crianças, mas também para as autoridades municipais, se for o caso.
Pelo que a polícia já levantou, Tereza Carosi chegou ao HMI já em trabalho de parto e houve procrastinação (demora) no atendimento. “Enfermeiros, médicos e demais profissionais que deveriam prestar assistência à parturiente poderão ser indiciados, porque para nós não importa se a mulher havia feito pré-natal, ou não, mas sim se houve negligência durante sua estada no hospital”, ratifica.
Na interpretação do delegado, se ficar provado que houve negligência no atendimento no hospital, o homicídio deixa de ter a condição culposa (sem intenção de matar) e passa à dolosa (com intenção de matar). “Quando uma mulher vai a uma maternidade em trabalho de parto e não é prontamente atendida, com morte dos bebês e a mãe também correndo risco de morte, temos aí configurado crime de homicídio por dolo eventual, ou seja, quando não houve o pronto atendimento, a equipe de plantão do hospital assumiu o risco de que as consequencias (mortes) poderiam advir, ou para a mãe ou para os filhos. A pena, neste caso, pode chegar a 30 anos”.
A reportagem do CT teve acesso ao depoimento de três dos profissionais de saúde que trabalharam no dia do parto polêmico de Tereza Carosi e eles afirmaram que um dos três médicos ausentou-se do hospital na madrugada.
O inquérito policial tem 30 dias para ficar pronto, podendo ser prorrogado por mais 30 dias. (Correio do Tocantins, Ulisses Pompeu)
-----------------
31/03/2012
 Com derrame, mãe de gêmeo morto é transferida para o HR

Tereza Carosi, que perdeu um dos filhos gêmeos durante um parto polêmico no Hospital Materno Infantil (HMI), na última quarta-feira, 28, foi transferida por volta de 15 horas desta sexta-feira, 30, para o Hospital Regional Público do Sudeste, por apresentar um quadro de derrame pleural.
A informação foi obtida pela reportagem do CT junto à direção do HMI, que informou que o estado da paciente não é grave, mas que por segurança ela foi encaminhada para o Regional para descobrir as causas do derrame e tratá-lo. “Além disso, foi uma situação conveniente, para que ela possa ficar mais perto do filho que sobreviveu, que continua internado na UTI Neonatal do Hospital Regional”, disse a fonte do CT, que pediu reserva de seu nome.
O mesmo informante garantiu que Tereza Carosi não deverá ficar com sequelas do derrame, que não apresentava um quadro grave. Outro profissional de saúde ouvido pelo CT explicou que é derrame pleural é a acumulação excessiva de fluido na cavidade pleural, a qual é naturalmente lubrificada. Uma quantidade excessiva deste fluido pode descompensar a ventilação por limitar a expansão dos pulmões durante a inalação. Normalmente, uma pleura “desliza” sobre a outra como se fossem duas lâminas de vidro com uma quantidade mínima de líquido pleural para evitar o atrito. Quando uma dessas pleuras sofre um processo inflamatório a dor aparece.
Apesar de ter informado ao CORREIO DO TOCANTINS que daria uma resposta sobre o afastamento, ou não, de três médicos envolvidos em um parto de gêmeos que resultou na morte de um dos bebês, na quinta-feira, 23, ontem o secretário municipal de Saúde de Marabá, Nilson Piedade, voltou atrás, e disse que agora não tem data para dar a resposta sobre o assunto, pois só tomará a decisão depois que obtiver um parecer da Procuradoria Geral do Município, que não tem data para se pronunciar sobre o caso.
Por isso, apesar do pedido de afastamento encaminhado pela médica pediatra responsável pelo setor Neonatal do HMI, Alba Valéria Rocha, os médicos Anderson Huhn Bastos, Nilton José Gonçalves Dias e Milla Menezes Nunes Castagna Travassos continuarão a trabalhar normalmente na maternidade.
Entenda o caso
Tereza Carosi deu entrada na maternidade por volta de meia noite e 15 minutos do dia 28, já com o rompimento da placenta. Aos 41 anos de idade e grávida de gêmeos, o recomendado seria um parto cesariano, mas ela permaneceu à espera de médicos até as 5 horas da manhã, segundo a advogada e amiga Maria Adelaide Vieira, que acompanhou todo o sofrimento da parturiente.
Adelaide afirma que houve negligência médica. Tereza, segundo ela, teria sido encaminhada para um quarto e só foi atendida por médicos por volta de 5 horas, quando a mãe gritou que seus filhos tinham parado de se mexer.
Quando o parto cesáreo foi realizado, já era tarde para um dos bebês, que nasceu morto, enquanto o outro já estava em estado grave e foi levado para um leito da UCI (Unidade de Cuidados Intensivos) e mais tarde para o Hospital Regional do Sudeste, único da cidade que conta com uma UTI Neonatal.
Único médico que pronunciou-se sobre o caso, Anderson Huhn defendeu-se das denúncias de omissão e disse que apenas internou a paciente e que não participou do parto. Também negou que tenha sido chamado durante a madrugada para conversar com alguém da família, que queria informações sobre a paciente Tereza Carosi. (Correio do Tocantins, Ulisses Pompeu)



3 comentários:

Anônimo disse...

Esse Huhn vem a tempos fazendo barbaridades. Como chamam ele mesmo? Dr. Ruim!

Anônimo disse...

o ministério público deve investigar o critérios de atendimento do HMI, HMM e do REGIONAL, tem muito cacique cometendo asneiras.

Anônimo disse...

Infelizmente a falta de estrutura desses hospitais fazem com que o profissionalismo dos médicos sejam visto de um forma errada .. Todos são excelentes médicos , principalmente o Dr . ANDERSON HUHN BASTOS , um grande profissional , um dos melhores da cidade !! É lamentavel que essa falta de estrutura prejudique tanto a populaçao , a sociedade fica no sofrimento continuo . . Só um novo governo para mudar essa estrutura dos hospitais e sofrimento da populaçao , espero que dessa vez a saúde em Marabá melhore ! !