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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Pará ocupa o terceiro lugar em incidência de tuberculose no Brasil



O Ministério Público Estadual montou um Grupo de Trabalho Saúde (GT/Saúde) voltado para combater o avanço da Tuberculose no Estado. Médicos e pesquisadores do assunto informaram a promotora de Justiça de Direitos Constitucionais Fundamentais, Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa, Suely Regina Aguiar Cruz, sobre os problemas enfrentados no tratamento e as situações de risco que mais crescem no Pará, terceiro lugar em incidência de tuberculose no Brasil, com uma taxa de 47,9 casos por 100 mil habitantes.
A discussão sobre o assunto auxiliará o MP na busca de soluções, com ações conjuntas nas questões relativas à prevenção, ao controle e ao combate à tuberculose em todo o território paraense. ‘Essas medidas já constam na Recomendação 002/2010, formulada conjuntamente pela Procuradoria geral e a Corregedoria geral do MP e encaminhada a todos os promotores de Justiça’, informou a promotora.
Suely Cruz disse ainda que ‘devido à percepção, através do Hospital Barros Barreto, sobre o abandono de casos de tratamento de Tuberculose e o crescente número de casos de TBDR, é necessária uma solução para o caso’. Apesar de os registros oficiais apontarem um número pequeno de casos, a coordenadora do setor de Tuberculose Multirresistente do Hospital Universitário Barros Barreto, Ninarosa Cardoso, afirma que o número real da Tuberculose no Pará é muito superior, sendo reportados oficialmente apenas 47% dos casos reais, podendo atingir 100 casos por 100 mil habitantes.
O pesquisador Nelson Veiga explicou que mais ou menos há 25 anos quase não havia casos de Tuberculose (TB) registrados, mas que o aumento de casos de Aids provocou o recrudescimento da doença. Veiga disse ainda que não há dados sistêmicos sobre a doença e, sim, estudos pontuais em áreas acadêmicas. Ninarosa também se reportou ao tratamento realizado no Evandro Chagas, abordando o método rápido de detecção da doença.
Cruz enviou oficio, através da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), para as promotorias de Justiça de alguns municípios, como Colares, para obtenção de detalhes sobre o tratamento de Tuberculose e o número de casos reportados. Algumas Unidades de Saúde da Região Metropolitana de Belém (RMB), como a do Barreiro, também serão oficiadas.
Fonte: O Liberal

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