Segundo Parsifal Pontes:
A aeronave, o dinheiro, as versões, inclusive as do fato
Divulgou-se, no início da tarde de hoje (02), a apreensão de uma aeronave, no aeroporto de Carajás, no município de Parauapebas, com valores em dinheiro de origem supostamente ilegal.
> De 8 a 800
As notícias do montante apreendido variaram conforme a excitação do locutor: de R$ 800 mil a R$ 4 milhões. A destinação do dinheiro também variou de acordo com a paixão partidária.
Os partidários do candidato Valmir da Integral (PSD), com plumagem tucana, alardearam que a grana era para a campanha do candidato do PT a Prefeitura de Parauapebas, José Coutinho.
Os petistas espalharam que o dinheiro fora mandado pelo governo para abastecer a campanha do candidato pessedista.
> A versão do fato
Nessas ocasiões, mormente em momentos políticos, logo falece a verdade e as versões se transformam em fogos de artifícios no palanque de cada um.
À noite, na Polícia Federal em Marabá, alegou-se que o dinheiro pertence à empresa ETEC que comprovou o saque legalmente feito em Belém para quitação de serviços de locação à empresa White Tratores, em Canaã dos Carajás, que teria requerido o valor em dinheiro para pagamento de funcionários em campo.
Os advogados da ETEC e da White Tratores já teriam protocolado a documentação necessária, comprovando a origem e destino legal do dinheiro, requerendo-lhe a devolução.
> Verdades sem graça não resistem às versões picantes
É normal que empresas que prestam serviços em campo, como empresas de construção e terraplanagem, saquem dinheiro para pagar funcionários.
Mas como estamos em campanha, mesmo em sendo verdadeiras as alegações, a versão rende mais conversas nas movimentadas esquinas da política, afinal, como canta a Maria Bethânia, em “Vida Real”, “mas é sempre assim é uma regra maldita e geral: ou feia ou bonita ninguém acredita na vida real.”.
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