O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública
contra a Oi/Telemar para obrigar a operadora a atender com rapidez aos pedidos
de cancelamento de linhas telefônicas feitos por consumidores. Depois de
receber muitas queixas, o MPF confirmou em inquérito civil que a empresa cria
dificuldades para fazer o cliente desistir do cancelamento. A Agência Nacional
de Telecomunicações também é ré no processo, por se omitir do dever de
fiscalizar.
Segundo a ação, ficou comprovada, de forma clara e
inequívoca, “a má-prestação do serviço de atendimento ao usuário que tem que
amargar longa espera no estabelecimento físico para ser atendido e,
posteriormente, aguardar até 5 dias para cancelamento de linhas fixa, sendo que
neste ínterim recebe várias ligações da empresa com oferta de novos planos no
intuito de fazer o cliente desistir do cancelamento”.
Entre as irregularidades: ligação perdida; insistência dos
atendentes em não aceitar o cancelamento; demora do atendente, deixando os
usuários ouvindo músicas durante longo período de tempo a fim de que o cliente
desista de sua solicitação; e há ciclo da atendentes, o usuário sendo repassado
para vários atendentes, em que para cada um repete sua solicitação até o
momento em que a ligação cai.
Seria bastante interessante se o MPF também processasse a
Claro, pelas mesmas razões. Esta semana, em Marabá, onde se avolumam as queixas
contra o serviço ruim prestado pelos modens dessa companhia telefônica,
usuários chegaram a perder manhã inteira tentando cancelar o contrato de uso.
Uma usuária passou mais de uma hora no telefone resistindo ao assédio da
atendente da Claro que, por fim, insistiu em cobrar quase R$ 300,00 para
efetuar o cancelamento da linha.
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