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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Pedra fértil

Pedro Castro é um anjo só riso e asas. Menino, corre em cadeira de andar e sobe nos telhados como um pássaro a assuntar os ventos. Tem Pedro Castro o pranto largo e a linguagem assinalada das coisas contidas nessas coisas do pranto e do amor como faces e peixes ocultos na ilha que o avaro e ciumento mar jamais revela. Se Pedro não existisse, careceria reinventar as árvores, corrupiões, guriatãs; recompor o que excede, mas não basta, a memória do chão e do rio que nos atam ao tempo, à terra mesopotâmica e amada, aos filhos que não tiramos do ventre seco das deusas. ( Ademir Braz, 09.11.2007)

Um comentário:

morenocris disse...

Caramba, que atualizada !

Valeu !

Beijinhos.