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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Do amor que se vai

Na esquina, a solidão me chega de assalto. É noite alta. Entre cacos de vidro e de silêncio, a pequenina lua se mira no asfalto. Quem sabe olhe ela, a que se vai, o céu distraída... No céu há tanta estrela!... Entanto, assim como veio ela segue embora e minha vida sem ela se esvai... Cai em mim este vazio imenso! E tanto eu queria ser, na noite bela, ao menos uma borboleta a pousar nos seios dela... (Ademir Braz)

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