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quinta-feira, 15 de maio de 2008

Saldos

Em nota publicada nessa quarta-feira (14) no Rio de Janeiro, a Vale contabiliza os danos materiais causados à Estrada de Ferro Carajás (EFC), dia 13 de maio, “por integrantes do MST e de um grupo de garimpeiros, no mesmo local da ocupação durante o Abril Vermelho, em Parauapebas (PA)”. Foram, segundo a mineradora, retirados 1.200 grampos que fixam os trilhos ao solo, num trecho de mais de 200 metros de extensão; corte dos cabos de fibra ótica que passam pelos trilhos, interrompendo a comunicação via celular de Carajás; queima de pneus sobre os trilhos, danificando mais de 300 dormentes; e levantamento de trilhos com macaco hidráulico, que comprometeu a sustentação da linha. Ou seja: os ocupantes fizeram barba, cabelo e bigode. Com isso, deixaram de ser transportadas por dia 1.300 pessoas, que têm no trem de passageiros seu principal meio de transporte entre 23 municípios do Maranhão e do Pará; e ficaram sem transporte 285 mil toneladas de minério de ferro, fora os danos à sinalização e aos equipamentos da ferrovia. Na conta da Vale, a paralisação da EFC representa uma perda aproximada de US$ 22 milhões por dia para a balança comercial brasileira. Bem, o choro é livre, mas há um aspecto positivo na questão: foram pelo menos 1,3 mil pessoas que deixaram de vir para a região.

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