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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Expectativa

O jornalista João Salame Neto, deputado reeleito, não vai tomar posse hoje, 1º de fevereiro, na Assembléia Legislativa do Estado.
Em entrevista a programa da RBA local, na tarde de segunda-feira, 31/01, ele disse que em vista da conjuntura política indefinida em Marabá, com o afastamento judicial do prefeito Maurino Magalhães e a possibilidade de que ele venha a ser empossado como segundo mais votado em 2008, no caso de cassação definitiva, vai ficar os 60 dias do prazo a que tem direito em relação à posse na Assembléia.
Garantiu que, se chegar à prefeitura, vai trocar toda a equipe de governo.
Enquanto não se resolve esse embroglio, o vereador Nagib Mutran Neto permanece à frente da prefeitura imobilizado pela mesma indefinição.
Seguramente, os fatos o pegaram desprevenido, recém-galgado à presidência da Câmara. Em conseqüência, prefere deixar as coisas como as encontrou: tem se limitado a encabeçar campanha de combate à dengue, medida que condiz com sua formação em Medicina.
A verdade é que a gestão pública municipal emperrou de vez. Há a possibilidade de uma enchente no horizonte da cidade, restando confiar que a equipe da Defesa Civil, já habituada com o fenômeno, proceda com agilidade. O problema são as compras necessárias de material para construção dos abrigos e gênero alimentício. E embora não exista nada oficial a respeito, sem dúvida alguma a zona urbana está vivendo um surto de dengue que já vitimou o próprio prefeito em exercício.

3 comentários:

Adir Castro disse...

Melou. O blogue do Hiroshi noticia a volta do "home" com liminar e tudo.

Não deu nem pra terminar os dias restantes da enquete que postei no blogue Marabá 2012.

Lá o placar para o SIM, que acreditavam na volta do prefeito, é de 60%. O placar do NÃO, que não acreditavam na volta dele, é de 40%.

Depois que escutou os rojões pipocando aqui perto, no aeroporto, retiro a enquete.

Que pena!

Adir Castro disse...

Ademir, também gostaria de ver o prefeito cassado. Não só ele, mas também a todos esses nossos políticos que temos que aturar.

Mas é preciso fazer algumas considerações e questionamentos quanto a esse afastamento e sua provável cassação, a qual não será em definitivo. Mesmo cassado aqui ele poderá recorrer a Belém ou a Brasília e voltar, como aconteceu com seu antecessor.

O que ninguém até agora atentou ou perguntou a quem de direito, é quanto vai ser gasto nesse vai e vem de advogados e outras despesas as quais jamais seremos informados sobre seus montantes e fins.

Os honorários advocatícios são pagos com o dinheiro do prefeito afastado ou é o município que arcará com mais essa continha?

É dessa maneira que os senhores que comandam os poderes nessa cidade, estado e país, cuidam do nosso dinheiro.

Tem muita gente festejando, tanto de um lado como do outro. Será que estão se importando com as contas da festa?

A festa vai continuar. Daqui mais alguns dias essa festa será recomeçada, já que essa foi apenas a primeira chamada para os comes e bebes. Ainda haverá outras e outras chamadas.

Bom, se o dinheiro for deles, sem problema se a festa se estender e não ter data para findar.

E qual a vantagem real para todos os munícipes diante de um processo desses, que bem poderia ter sido feito ainda nos primeiros meses desse governo? Não é melhor deixar o povo o cassar nas urnas? Ou o povo não tem capacidade para tal feito?

Não torço por nenhum dos lados, pois ambos os lados nunca estiveram do meu lado. Mas não posso deixar de pensar no tempo e no dinheiro que foi e que ainda será jogado no bolso dalguns, enquanto passamos grandes necessidades.

Não se sabe ao certo o que sairá mais caro: o infindável processo de cassação; a permanência do alcaide atual; a entrada de um novo alcaide com sua equipe.

Se todo esse negócio não tiver nenhum ônus pra o município, que a cassação continue a todo vapor.

Caso contrário, é bom que nossas autoridades tenham pena do povo sofrido que pagará mais essa conta e não terá nenhum benefício. Como não teve no processo anterior.

Ou teve? Qual?

Ademir Braz disse...

Companheiro: os crimes cometidos pelo Maurino deram-se enquanto candidato, não como prefeito.
Ainda que fosse como prefeito, não poderia lançar mão de dinheiro público para defender-se porque seria improbidade administrativa.
Então, quem paga é ele "de próprio bolso", vamos dizer assim, até porque está podre de rico.
Não se afasta, ainda, a possibilidade de pagamento das custas processuais e advocatícias por parte de pessoas que se beneficiam da sua administração e, mais tarde, pela via do superfaturamento de serviços prestados, venham a ressarcir-se com o dinheiro público.
Essa falta de controle do que um prefeito, qualquer prefeito, faz com verbas públicas, decorre de alguns fatores:
1. Em vez de fiscalizar, os vereadores se tornam parceiro do prefeito, qualquer prefeito, no assalto, saque e locupletamento do erário;
2. A população, sobretudo aquela que vende seu voto ou espera benefícios pessoais do eleito, não se preocupa em acompanhar os atos do prefeito que elegeu;
3. Embora exista disposição legal obrigatória, os prefeitos negam transparência - escondem, camuflam - ao que fazem com o orçamento, as despesas de gabinete, de propaganda, as licitações (com ou sem dispensa legal).
O resultado vem em cascata: escândalo, corrupção, enriquecimento ilícito, coação sobre servidores, calote em fornecedores e compra de favores pessoais.
No meio, a população e o municipio que se danem.