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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Morre Hilmar Harry Kluck

Nascido em Ibajé (RS) em 04.12.1925, o maior sertanista do sul do Pará, Hilmar Harry Kluck, faleceu no último dia 7 de maio, aos 86 anos, em hospital de Parauapebas (PA) onde se encontrava gravemente enfermo.
Durante um quarto de século, e a serviço do antigo Serviço de Proteção aos Índios (SPI, célula-mater da Funai), “capitão Hilma” embrenhou-se nas matas do sul/sudeste paraense e viveu perigosamente a aventura de contatar com índios – Assurini, Parakanã, Gavião, Suruí, Kaiapó - acossados por caucheiros, castanheiros, caçadores de peles, todos imbuídos de desprezo e ódio pelos “cabocos”, no que resultava na morte de centenas de pessoas de um e outro lado.
Mês passado, ao saber de sua internação, inúmeros guerreiros Gavião foram em caravana a Parauapebas despedir-se do velho amigo, que durante muitos anos viveu e trabalhou em Marabá. Como escreveu o sertanista em 1984: “É curioso que os gavião nunca se consideraram pacificados por nós, ao contrário, em suas palestras referem-se à época em que 'tú ficou manso com nós'. É isto , um descendente dos primeiros preguiçosos do seu gênese não poderia nunca ser um pacificador, mas sim um amansado, alguém que os gavião conseguiram despir de alguns maus instintos.”  

5 comentários:

Anônimo disse...

Essa é uma perda para Marabá e região que foi o cenário da vida desse homem simples. Sua participação foi além da missão imposta pelos militares. Hilmar, se apaixonou pela Amazônia, ousou conhecer os índios em expedições envolvendo tantos outros sertanistas como a de desbravar o Rio Preto na companhia da família Brasil que teve a participação do senhor Antonio Rosa e de tantos outros.

Anônimo disse...

Ademir
O Hilmar é uma imagem da minha infância.Por muitas vezes ficava na casa do meu avô Plinio quando passava por Marabá.Não sei a formação dele mas tratava-se de um homem educado e culto.Ouvi-lo conversar com o velho Plinio era como ler muitos livros.Como fui levado pela vida para longe,nunca mais ouvi falar dele.Se há lugar diferenciado para os justos em outra dimensão o dele deve estar garantido.

Antonio Pinheiro

Anônimo disse...

O Hilmar é uma imagem da minha infância.Por muitas vezes ficava na casa do meu avô Plinio quando passava por Marabá.Não sei a formação dele mas tratava-se de um homem educado e culto.Ouvi-lo conversar com o velho Plinio era como ler muitos livros.Como fui levado pela vida para longe,nunca mais ouvi falar dele.Se há lugar diferenciado para os justos em outra dimensão o dele deve estar garantido.

Antonio Pinheiro

Anônimo disse...

Há pouco tempo Dom Tomás Balduíno pediu-me notícias do Hilmar, com quem teve viagens memoráveis na mata; consegui com Noé o endereço e remeti a ele. Agora vou dar àquele velho lutador esta notícia, no ano da comemoração do centenário da Diocese de Conceição do Araguaia. É uma pena. Todos que leram os textos de Hilmar têm grande respeito por ele, com sua liberdade de pensamento e sinceridade de opiniões.

Nayara Kluck disse...

Boa Noite! Bem meu nome é Nayara Kluck, neta do falecido Senhor Hilmar Harry Kluck. " o tenente Hilma" venho agradecer por lembrar do meu avô que hoje nos faz muita falta.Gostaria de saber mais sobre as passoas, como vcs, que conheram meu avô e que tem muitas lembranças sobre ele.Meu email é nayara-kluckfemat@hotmail.com, ficaria muito grata em conhecê-los e poder saber sobre como conheceram ele. Minha avó, Neuza kluck nos contas muitas histórias sobre meu avô, e já ouvi falar sobre o senhor Antonio Pinheiro.