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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Déjà vu: O Planeta dos Macacos

Deu no Estadão Ciência
A Academia de Ciências Médicas da Grã-Bretanha está pedindo ao governo que estipule regras mais estritas paras as pesquisas médicas envolvendo animais. O grupo teme que experimentos envolvendo transplante de células acabem criando anomalias, como macacos com a capacidade de pensar e falar como os humanos.
Petr Josek/Reuters
Para relatório, 'criar características como a linguagem 
ou aparência humana' levanta questões éticas
O alerta ressalta o debate da questão dos limites da pesquisa científica. Um dos autores do relatório, o professor Christopher Shaw, do King's College de Londres, diz que tais estudos "são extraordinariamente importantes".
A academia ressalta ainda que não é contrária a experimentos que envolvam, por exemplo, o implante de células e tecidos humanos em animais.
Estudos atuais, por exemplo, transplantam células cancerígenas em ratos a fim de testar novas drogas contra o avanço da doença.
A academia defende, no entanto, que com o avanço das técnicas estão surgindo novos temas que precisam ser urgentemente regulados.
Avanço 
Os avanços científicos atuais já permitem a criação de ratos com lesões similares às causadas por um derrame cerebral, para que sejam depois injetadas células tronco humanas, a fim de corrigir os danos.
Outro estudo com implante de um cromossomo humano no genoma de ratos com síndrome de Down também foi essencial para a compreensão da doença.
Apesar de a maioria dos experimentos ser feita com ratos, os cientistas estão particularmente preocupados com os testes em macacos.
Na Grã-Bretanha são proibidas as investigações com macacos de grande porte como gorilas, chipanzés e orangotango. Em outros países, como os Estados Unidos, são liberadas.
"O que tememos é que se comece a introduzir um grande número de células cerebrais humanas no cérebro de primatas e que isso, de repente, faça com os que os primatas adquiram algumas das capacidades que se consideram exclusivamente humanas, como a linguagem", diz o professor Thomas Baldwin, outro membro da academia.
"Estas são possibilidades muito exploradas na ficção, mas precisamos começar a pensar nelas", diz.
Áreas 'delicadas'
O relatório indica três áreas particulamente "delicadas" na pesquisa com animais: a cognitiva, a de reprodução e a criação de características visuais que se percebam como humanas.
"Uma questão fundamental é se o fato de povoar o cérebro de um animal com células humanas pode resultar em um animal com capacidade cognitiva humana, a consciência, por exemplo", diz o relatório.
O professor Martin Bobrow, principal autor do relatório, sugere o que chama de "prova do grande símio": se um macaco que recebeu material genético humano começa a adquirir capacidades similares a de um chimpanzé, é hora de frear os experimentos.
Na área de reprodução, recomenda-se que embriões animais produzidos a partir de óvulos ou esperma humano não se desenvolvam além de um período de 14 dias.
O campo mais polêmico é o de animais com características "singularmente humanas", os experimentos que o relatório chama de "tipo Frankestein, com animais humanizados".
Segundo o relatório, "criar características como a linguagem ou a aparência humana nos amimais, como forma facial ou a textura da pele, levanta questões éticas muito fortes". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

4 comentários:

Anônimo disse...

mas que diacho esses caras querem fazer? o homem já não vem do macaco? então deixem continuar o ciclo de transformação. os caras querem inventar, só pode.

José Coruja da Silva disse...

Imagina se eles soubessem que aqui, em Marabá, tem uma besta que fala e até ocupa o cargo mais importante da cidade; e outras dezenas de milhares de bestas que até votam nas eleições! Teriam um infarto!

Anônimo disse...

zé coruja, chamar a quem vota de besta é meio preocupante. Se você quiser chamar aos eleitores de Maurino de besta aí é outra história. Mas lembre-se que os eleitores dele terão o mesmo direito de chamar os eleitores de Tião, de Salame, de Bernadete, de Asdrubal de bestas, inclusive você se você em algumas dessas personas ou quem quer que seja. Ninguém sabe votar melhor que ninguém. Você pode até pensar que o seu voto foi consciente, mas isso não significa dizer que você sabe votar. Com certeza você já deve ter votado num monte de b... e ninguém te denegriu assim, não é? Mais devagar com o andor que o santo é de barro. E antes de qualquer coisa, quero dizer que não votei em nenhum dessas personas que citei logo acima. Mas já me enganei inúmeras vezes achando que tava votando melhor que os outros. Faz parte!

José Coruja da Silva disse...

Ô das 22h01, você também é uma besta! E anônima...