A juíza Claudia Regina Favacho Moura , titular da Vara Agrária de Marabá , mandou oficiar o Comando da Polícia Militar do Pará para enviar reforço policial especializado a fim de garantir o apoio ao cumprimento da ordem de reintegração de posse da fazenda Peruano , ocupada desde 2004 por famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra . A magistrada também mandou comunicar às ouvidorias agrárias nacional , estadual e regional , a fim de que viabilizem medidas concretas para pôr fim ao conflito agrário no imóvel . O autor da ação de reintegração de posse é o pecuarista Evandro Liege Mutran, representado pela advogada Marli Amaral.
A defesa dos réus no processo é patrocinada pelo advogado José Batista Afonso, coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), de Marabá . Em 2009, a juíza julgou improcedente o pedido de reintegração de posse de Evandro Liege Chugia Mutran, que alegava ser o proprietário da fazenda Peruano , em Eldorado dos Carajás , no sul do Pará . À época , a juíza entendeu que o autor não conseguiu provar que as terras foram legitimamente destacadas do patrimônio público para sua posse particular . Além disso, no entendimento da magistrada , o imóvel não cumpria sua função social , conforme exige a Constituição Federal de 1988.
A fazenda Peruano foi ocupada por cerca de 500 integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST), em abril de 2004. Desde então , Evandro Mutran litiga na Justiça para provar ser o legítimo possuidor dos 4.338,19 (quatro mil trezentos e trinta hectares e dezenove ares ) de terra , adquiridos em 20 de novembro de 1984. O autor alegou, ainda , que exercia atividade pecuária no local com mais de 15 mil cabeças de gado , além de pesquisa animal com laboratório de genética . Na sua sentença , a juíza Cláudia Moura afirmou que , além de o autor não ter provado a posse legítima de todo ou parte da chamada Fazenda Peruano , igualmente não satisfez a exigência da Constituição Federal , pois , ao inverso, existem documentos e declarações testemunhais provando que no imóvel não eram observadas as disposições que regulam as relações de trabalho , bem como exploração que favorecesse o bem-estar dos proprietários e trabalhadores (trabalho escravo ). Em contato com a reportagem, a juíza Claudia Favacho disse que as partes recorreram da decisão dela e o Tribunal decidiu pela reintegração de posse da fazenda . ( Liberal )
Um comentário:
OS MARABAENSES SOFREM COM ESSA POLITICA PESSIMA
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