A promotora de Direitos Constitucionais do Estado, Graça Cunha, entregou ao delegado geral do Estado, Nilton Athaíde, na noite de ontem (7), um documento solicitando abertura de inquérito policial contra a presidente do Sintepp, Conceição Holanda, por desobediência à ordem judicial.
O delegado geral recebeu a solicitação e deve encaminhar o pedido para a Divisão de Investigações e Operações Especiais da Polícia Civil (DIOE), ainda na manhã de hoje, para providências. Quem deve conduzir o caso é o delegado e diretor da DIOE, Neyvaldo da Silva.
Procurada pela reportagem do DOL, Conceição Holanda, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Publica do Pará (Sintepp), diz não estar surpresa com o posicionamento da promotora. “Nas mesas de conciliação, ela sempre se colocou contra a nossa categoria. Isso prova que o Ministério Público não está tentando resguardar o direito do aluno em busca de melhores condições nas escolas, menos violência e melhores salários aos professores; o Ministério Público está apenas resguardando o interesse do Estado”.
Conceição Holanda ressaltou ainda que, assim que tudo for decidido em relação a greve, o Sintepp oficializará uma denúncia contra a promotora Graça Cunha. “Greve não é crime; o maior pecado é o Estado não pagar o piso nacional aos professores”, diz a presidente do Sindicato. “Nossa assessoria jurídica vai pedir habeas corpus preventivo e cuidar para que esse caso seja solucionado. A greve vai continuar”.
O Sintepp solicitou audiência, para amanhã (9), com o secretário de Estado de Educação, Nilton Pinto, e a secretária de Estado de Administração, Alice Viana. Os professores também programam um ato público para acontecer às 8h30 desta quarta-feira, em frente á Secretaria de Educação. (DOL)
4 comentários:
Ademir,
O atual secretário de educação chama-se Claudio Ribeiro; Nilson (e não Nilton) Pinto é o secretário de Promoção Social. E a greve continua.
O governador pode desobedecer uma decisão do STF e ficar impune.
Greve realmente não é crime, crime é desobedecer uma decisão judicial. Por isso os "alunos" da USP se acham no direito de fazer anarquia. Ninguém respeita mais decisão judicial.
De um modo elegante eu diria que o juiz foi parcial e desacatou todos os ministros do STF. Também diria que a jurisprudência nunca foi contra o Estado , ninguém esperava uma condenação contra o Estado em um tribunal do Estado.
De um outro modo eu digo só houve greve porque esta categoria perdeu a fé nos tribunais. Desde 2009 que só toma paulada, acreditar no que ainda?
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