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sábado, 31 de dezembro de 2011

E como se não bastasse a calamidade administrativa...

Marabá abriga quase trinta mil favelados
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 28.821 cidadãos marabaenses (14.672 homens e 14.149 mulheres) vivem em 7.313 domicílios irregulares, sem a maioria dos serviços públicos básicos, como água, energia elétrica, coleta de lixo e esgotamento sanitário. Eles ocupam 11 favelas da zona urbana de Marabá, segundo os primeiros resultados do levantamento sobre aglomerados subnormais, parte integrante do Censo 2010, divulgados na semana passada. De acordo com o IBGE, nesses lares moram, em média, quatro pessoas. Isso significa que um entre cada oito moradores de Marabá vivem em favela ou 12,3% da população municipal.
Marabá é a quarta cidade mais populosa do Estado, a maior do sudeste paraense e a sexta colocada em número de favelas, atrás de Belém (com 101 ocupações irregulares), Ananindeua (62), Marituba (22), Santarém (18) e Tucuruí (14). No Pará também há ocupações urbanas irregulares em Parauapebas (oito), Cametá (três), Altamira (três), Barcarena (duas) e Benevides (duas), bem como em Almeirim e Afuá, com uma favela cada. Por outro lado, os conflitos por conta das chamadas “invasões” e o número dessas ocupações em Marabá aumentam a cada dia.
Hoje já são mais de 12 mil famílias, o que corresponde a 50 mil pessoas. Para José Batista Gonçalves Afonso, coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), a intensa migração que dilata as ocupações urbanas é estimulada pela falta de políticas de habitação. Por isso, a quantidade de imigrantes não encontra condições de moradia adequadas. 'Segundo o IBGE, a população aqui cresce 20% ao ano e essas pessoas chegam atraídas pelos grandes projetos econômicos e acabam sem ter para onde ir’, observa. Para ele, o Plano Diretor do município deveria ter um projeto de expansão urbana. ‘Mas como isso não existe, a Prefeitura deveria ao menos monitorar essas áreas de ocupação para diferenciar as famílias que precisam de um lote para morar dos especuladores’.
Recentemente, a Prefeitura de Marabá deu à Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) a missão de intermediar negociações entre moradores e os proprietários das áreas minvadidas. Mas para a CPT essa solução nem sempre é aplicável. “O poder público não pode atuar apenas como intermediador dessas negociações. Há famílias tão carentes que não podem pagar nenhuma parcela, por menor que seja, pelo terreno”, afirma Batista. (O Liberal)

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso é tudo mentira. Estão querendo atingir o prefeito, denegrindo a imagem da cidade. Só mesmo uma imprensa vendida igual a de Marabá pra se prestar a divulgar esse tipo de mentira.