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quarta-feira, 21 de março de 2012

Marabá vai a MG por pólo metalmecânico


O projeto de implantar um polo metalmecânico na cidade de Marabá motivou a visita de uma comitiva de representantes do governo e empresários do Pará a Ipatinga. Recepcionados pelo presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Vale do Aço (Sindimiva), Jeferson Bachour Coelho, os paraenses se reuniram no auditório do Senai, na manhã de terça-feira (20).
A intenção da comitiva, segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), Ítalo Ipojucan, é adquirir conhecimento e experiência de como se deu idêntico processo em uma região voltada para a siderurgia. Além disso, Ítalo destaca a importância de entender como essa iniciativa se consolidou, primando pela configuração industrial em torno de uma indústria como a Usiminas, bem como o processo de crescimento humano e capacitação.
Ítalo Ipojucan aponta um cenário otimista, ao antecipar o investimento de recursos da ordem de US$ 31 bilhões na região no sul e sudeste do Pará, nos próximos cinco anos. “Esses locais configuram um polo potencial para a instalação de indústrias do setor metalmecânico. Nada melhor que conhecermos Ipatinga e ver como funcionam os processos”, reiterou.
O presidente da Acim explica que, atualmente, o grande indutor de desenvolvimento do Pará é a Vale. Além dos projetos minerais, existe ainda em Marabá uma siderúrgica, e também a empresa de Aços Laminados do Pará (Alpa), que anunciou uma produção de até 2,5 milhões de toneladas/ano de placas. Com a expansão industrial, Ítalo aponta a crescente chegada de pessoas em busca de emprego. “Apesar de estarmos em um estágio inicial, é algo que nos preocupa e esperamos transferir para as políticas públicas de lá o que foi feito em Ipatinga, para que tenhamos sucesso em Marabá”, endossou Ítalo Ipojucan.
Sobre a visita, Jeferson Bachour, do Sindimiva, afirmou que espera contribuir para o sucesso da implantação do pólo metalmecânico em Marabá. “Vieram nos conhecer porque o pólo metalmecânico do Vale do Aço é reconhecido como um dos principais do Brasil”, citou.
Relações institucionais da Vale, Eloísio Araújo relata que a empresa está desenvolvendo um projeto siderúrgico no Pará e um centro de excelência em serviços. Tais serviços são uma demanda da Vale, que a empresa precisa contratar em Ipatinga, Belo Horizonte e também em algumas indústrias de São Paulo e Espírito Santo. “Queremos levar essa cadeia para o Pará. Vamos atrair empresas para a região e com isso facilitar nossa contratação de mão de obra. Será um crescimento para ambos os lados”, comemorou Eloísio Araújo.
 Vale do Aço
Em relação ao Vale do Aço, Jeferson Bachour informou que o destaque é a diversificação da cadeia do setor metalmecânico. “Hoje nós estamos atuando fortemente na cadeia tanto de construção naval, quanto de petróleo e gás, sendo esse o nosso principal diferencial”, pontuou.
Sobre os investimentos de algumas empresas do Vale do Aço que pretendem iniciar a fabricação de pequenas embarcações no litoral do Rio Grande do Sul, Jeferson Coelho explica que esse é o início de uma conversação. Segundo ele, as empresas da região já estão produzindo para a cadeia naval, e precisam de um espaço maior, bem como de um “braço” para o mar, para que possam escoar os produtos com mais facilidade.
Conforme o dirigente, os blocos de navio que são fabricados no Vale do Aço precisam ser cortados para ser transportados para o Rio de Janeiro e são emendados, o que é outro trabalho. “Se tivermos uma determinada região que tenha um estaleiro não vamos precisar fazer esse corte nos blocos, eles já sairão prontos. Ambas as partes saem lucrando, nós e os estaleiros, que ganharão em produtividade, preço e logística”, resumiu.
O presidente do Sindimiva acredita que a região está em um processo de fortalecimento. “Da mesma forma que os estaleiros do Rio de Janeiro compram aqui, se por ventura houver um estaleiro em Pelotas, grande parte do material será comprado aqui, o que acredito que fortalece o polo metalmecânico regional”, concluiu Jeferson Bachour Coelho. (Jornal Diário do Aço)

4 comentários:

Anônimo disse...

Eita povo marabaense... Não tá errada esta caravana em prol do Polometalmecanico. A ACIM deixou de ser comercial, é agora, apenas comercial. Sabe por que? Por conta do$ contrato$.

Tá falta brigar por hospitais, escolas, postos de saúde, médicos, atendimento e etc.

Do jeito que a coisa vai, o meu bolso continuará do mesmo jeito, ou seja, com quase nem um caraminguá mas, o bolso dos caras da caravana... Vão ficar uma beleza.

Este cara não merece o meu voto para prefeito.

Gilmar disse...

A Alpa não é nossa...A Alpa é da ACIM e seus meia duzias de empresarios. Os mesmos como sempre. A alternancia de presidencia é um trato.

Carlos disse...

O Plebiscito é coisa de meia dúzia de empresários, a ALPA é coisa de meia dúzia de empresários, o porto é coisa de meia dúzia de empresários, Belo Monte é coisa de meia dúzia de empresários... Meia dúzia de empresários que vão atrás, ruim mesmo é essa meia dúzia de bunda mole que só ficam reclamando e nada fazem.

Ademir Braz disse...

Caraca!
Parece que aqui, nessa terra de madizentes, ninguém pode fazer nada porque está errado. E quando não faz, é porque é acomodado, preguiçoso, sem responsabilidade social.
Outra coisa: a Alpa não é nossa, a Vale não é nossa, a Acim é dos empresários, o Maurino não é prefeito e nem Câmara de Vereadores atuantes possuímos.
Em Marabá, tudo tem dono, menos o povo.