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Soltando os cachorros |
Gilson Souto Maior se diz cronista esportivo da Paraíba. Pelo
menos ele assina textos sobre o futebol do seu Estado. Contudo, quando se trata
do Treze Futebol Clube, esse mesmo que levou a goleada do Águia em Marabá, a
primeira vítima de seus escritos é a objetividade exigida pela análise.
Sob o título “O desastre de Marabá: foi horrível!”, Gilson
Maior não deixou pedra sobre pedra: da CBF ao Águia, “timinho do interior do Pará”, nada escapou de suas diatribes. Nem o próprio Treze, que “jogou pedra na lua, com os seus atletas não
entendendo que um clube com as tradições do alvinegro não merece ser
enxovalhado como foi”.
O cronista Maior da Paraíba aparenta estar sedento de sangue:
“Só espero que, contra esse ÁGUIA de
Marabá, no jogo da volta, o time esteja completo, mais encorpado, mais
responsável do compromisso que tem com a sua cidade e o seu estado e coloque
esse timeco no devido lugar.”
Bobagem... Os torcedores do Águia sabem que a goleada foi um
acidente de percurso, um fato isolado que saiu do controle do técnico João
Galvão, que certamente vai tomar as providências para que o fenômeno não mais
se repita.
Mas, leiam o texto do cronista Maior da Paraíba. Os textos
em itálicos fui eu que destaquei por achá-los muito interessantes. As palavras
em caixa alta são do autor.
O desastre de Marabá:
foi horrível!
Os amantes do futebol no Brasil, especialmente os
jornalistas esportivos, sabem dos problemas que marcaram o relacionamento entre
o Treze Futebol Clube, da pequenina e heroica Paraíba com essa famigerada
Confederação Brasileira de Futebol – CBF.
Todos sabem as razões da insistência trezena em lutar para
conseguir uma vaga na Série C, a terceira divisão do futebol brasileiro. Para
alguns jornalistas menos avisados, que por falta de conhecimento jurídico ou
por paixão clubística, o direito do Treze não era bom. Mas, era. Tanto era que
deu no que deu com o tradicional clube alvinegro da Paraíba derrotando a CBF em
todos os julgamentos que foram realizados, especialmente na justiça comum. Foi
a vitória de quem estava com a verdade e apenas exigindo o que lhe era de
direito. Foi a vitória de clube, o único do Brasil nos últimos tempos a peitar
esse máfia que dirige o nosso futebol.
Por conta disso, o famoso Galo da Borborema foi perseguido,
não teve condições de manter uma equipe base para o campeonato, pois a
incerteza de ter reconhecido esse direito por parte da MADRASTA do nosso
futebol fez com que o clube não pudesse investir, pois a incerteza em
participar da competição, muito embora, repito, o seu direito fosse BOM, como
se diz na linguagem jurídica, não lhe dava a devida confiança.
As primeiras partidas foram decepcionantes. Perseguido pela
CBF, também por algumas federações, notadamente a pernambucana, disputou seus
primeiros jogos com formações caseiras, com jogadores sem experiência, até
juvenis, esperando por regularizações de atletas que sempre eram dificultadas.
Os resultados não poderia ser outros. Foram derrotas, uma atrás da outra e sem
o reconhecimento de alguns jornalistas, que sempre esqueceram todos esses
problemas e somente criticaram.
Vieram melhores momentos. Um empate, duas vitórias, com o
reconhecimento de alguns, de outros não. Determinados companheiros da imprensa
têm uma enorme facilidade de criticar, pois a crítica é mais fácil.
Particularmente, entendendo todas as dificuldades
enfrentadas pelo Treze, pela experiência de muitos anos de batente, cheguei a
afirmar para alguns colegas, que não exigissem muito do Galo. Os primeiros
resultados positivos representavam, sim, uma melhoria técnica do clube, nunca,
porém, uma melhoria confiável. A chegada de atletas mais experientes, daria
maior competitividade ao plantel, mas durante alguns jogos, com altos e baixo.
E foi o que todos viram.
Na partida contra o Águia Marabá, com um time desfigurado,
com ausências de alguns titulares contundidos, de outros ausentes por cartões
amarelos, veio uma derrota a qual, sinceramente, não era esperada por ninguém,
mesmo diante das dificuldades citadas. Perder
para um timinho do interior do Pará, por cinco tentos contra um, foi demais
para a nação alvinegra do bairro de São José. Esperava-se, pelo menos,
apesar dos desfalques, uma atuação mais digna, que demonstrasse efetivamente
ser o Treze, como realmente o é, uma equipe de maior tradição no futebol
regional e porque não dizer no Brasil. Para
se ter uma ideia, o craque do time paraense é o Flamel, aquele mesmo que foi
contratado pelo Galo, tempos atrás, precedido do maior cartaz, sendo pretendido
por muitos clubes brasileiros. Aqui, na Paraíba, só fez raiva, nunca conseguiu
mostrar qualidades para vestir a camisa do Treze, que investiu alto nesse
atleta. São essas coisas que ocorrem no futebol e que a gente não entende,
jogadores que somente jogam bem em time pequeno, chegam a assombrar. Aliás, não sei bem, mas acho que não foi ele
que jogou bem. O Treze foi quem jogou pedra na lua, com os seus atletas não
entendendo que um clube com as tradições do alvinegro não merece ser
enxovalhado como foi. A GOLEADA foi demais e jamais será compreendida pelo
torcedor paraibano.
Por fim, contrariando a um menino da crônica esportiva da
capital, que logo após o jogo disse um punhado de bobagens, afirmando que o
Galo não vai a lugar nenhum, posso afirmar que pode até ser, pois os problemas
enfrentados estão sendo os grandes percalços na trajetória do Treze, que pode
não chegar entre dos classificados para a outra fase, mas, certamente, tem
condições de, pelo menos, sustentar a vaga da Série C para o próximo ano, o que
será muito bem para o nosso futebol. É DIFÍCIL, sim, é difícil, mas os jogos em
casa, que são quatro seguidos após essa derrota, podem mudar o panorama de tudo
que estamos vendo.
Só espero que, contra
esse ÁGUIA de Marabá, no jogo da volta, o time esteja completo, mais encorpado,
mais responsável do compromisso que tem com a sua cidade e o seu estado e
coloque esse timeco no devido lugar. Não devemos pensar em goleada,
devolver o resultado sofrido, não. Precisamos vencer e vencer bem, e mostrar
que o Treze não é o arremedo de time que se viu na partida lá no Pará, num jogo
que precisa ser esquecido. O DESASTRE DE MARABÁ: FOI HORRÍVEL!
Um comentário:
Ademir, isso mostra o quento esse cidadão - que se diz cronista - está desinformado. O Time dele tomou uma surra de Cinco e ainda foi pouco. Agora me responda. Como devemos classificar um time que pega uma goleada de 5x1 de um timeco? rrsss. Pelo amor de Deus... o Treze entrou pela janela, foi o quinto colocado da série D e devido a um brecha deixada pela dona CBF é que está nesta competição. Sem tirar os méritos do clube paraibano que tem história. Mas o "Cronista idiota" que escreveu não conhece a nada do Águia que nunca disputou a série D, está cinco anos série C e sempre brigando para subir, Duas vezes Vice campeão Paraense, na Copa do Brasil bateu aqui e em BH no America de Minas, Ganhou do Fluninense, etc. Agora eu pergunto o que o TREZE disputou nos ultimos anos. Que o Treze é um clube tradicional todo mundo sabe, mas o Águia tambem marece o mesmo respeito que qualquer clube que disputa uma competicção nacional. Quero ver o jogo da volta em Campina Grande e espero que o time dele esteja completo para não ter desculpa.
Siceramente...
Paulo Silva (MARABÁ)
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