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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O pior prefeito que Marabá já teve

É esse desgoverno que o deputado Zequinha Marinho quer que continue!

Reportagens do Correio do Tocantins

23/08/2012
 Hospital Municipal está a ponto de fechar as portas 

Caos. É como os funcionários definem o atual status do Hospital Municipal de Marabá (HMM), onde tem sido quase um risco se internar, isso porque o local não conta com os medicamentos básicos que qualquer pessoa possui na caixinha de remédios de casa. Além disso, os profissionais de saúde não possuem sequer luvas para fazer os atendimentos e comida falta tanto para pacientes quanto para os funcionários. Soma-se a isso o desespero dos trabalhadores que estão há meses sem receber vale-alimentação e plantões. Os anestesistas, por exemplo, não veem um único real há seis meses.

Na terça-feira (21), representantes de todas as áreas se reuniram no auditório do hospital para declararem que não há mais o que fazer. O resultado da conversa entre eles é assustador: Da forma como está, o hospital não pode continuar funcionando. A enfermeira Sueli Marinho informou que o vale-alimentação está entrando no quarto mês de atraso e o pagamento dos plantões não é realizado há dois meses. "Há profissionais aqui que estão há seis meses sem receber um centavo, como os anestesistas, mas estão trabalhando normalmente", afirma Sueli.

Eles decidiram se reunir a fim de redigir um documento para solicitar a presença do Secretário de Saúde, Nilson Piedade, no hospital. "Queremos que ele nos explique o que realmente está acontecendo e por que nós não estamos recebendo. Hoje [terça-feira], por exemplo, eu tive de justificar para um credor o motivo pelo qual eu não paguei a minha dívida. Para nós é uma humilhação. Temos colegas que estão vivendo de favor de terceiros", reclamou ela.

Quanto à falta de material, ela diz que não tem soro fisiológico e insumos para fazer um simples curativo, como esparadrapo, e muitos outros materiais e medicamentos básicos, como os antialérgicos, que muitas pessoas mantêm até em casa. "Se um paciente vier a ter uma crise alérgica aqui, uma anafilaxia, por exemplo, não temos o que fazer porque não tem hidrocortisona, dexametasona. Aqui não tem um simples buscopan!", exclama Sueli.
Ela destacou que a intenção de todas as categorias é parar os trabalhos dependendo do que o secretário colocar como explicação. "O diretor ligou para o Secretário de Saúde e este repassou a informação de que a folha de pagamento estava inchada e que o pagamento dos plantões não era prioridade. Em verdade, se não tiver plantão, o hospital para. Nós não entendemos a colocação dele", destacou a enfermeira.

A técnica em enfermagem, Ana Cristina Gomes de Jesus, está revoltada com as condições de trabalho às quais precisam se submeter os funcionários. Segundo ela, a maioria dos servidores que trabalham no Pronto-Socorro são técnicos em enfermagem e muitos sequer têm dinheiro para pagar o transporte, além de também estarem endividados: "Fica difícil para nós, que somos profissionais, exercer a nossa função", argumenta ela, indagando: "Como é que eu posso atender bem? Se estou devendo, se não tenho dinheiro para vir trabalhar, se eu estou passando fome? Porque há muitos passando necessidade mesmo, mas a população precisa da gente", diz a técnica, deixando claro que muitos profissionais só estão atuando em respeito aos pacientes. Ana conta que o salário de um técnico de enfermagem, pago pela Prefeitura de Marabá, é R$ 646, considerado o mais baixo do sul do Estado, e ainda assim existem atrasos.

FALTA DE ALIMENTOS
Outro problema que incomoda Ana é a falta de alimentos no hospital. "Não tem como trabalhar o dia todo porque, às vezes, não tem coimida suficiente nem para os pacientes e nem para os profissionais de saúde", ressalta a técnica. Segundo ela, a quantidade de alimento que chega não é suficiente para todos. Dias atrás, conta Ana Cristina, a nutricionista foi forçada a liberar os parentes dos pacientes para comprarem comida fora porque o hospital não tinha o que oferecer aos doentes.

"Quem trabalha o dia inteiro dobrando plantão tem de almoçar aqui. Não adianta o prefeito dobrar plantões se não coloca profissionais suficientes para trabalhar no pronto-socorro. O hospital todo está precisando de profissionais. Nós estamos carregando este hospital nas costas, com garra e coragem", desabafa a técnica. Ela diz ainda que os profissionais de saúde estão improvisando material e trabalho para que as pessoas que precisam do hospital não sofram lá fora. "Quando alguém chega e fala que somos agressivos ou ignorantes não se trata disso. É que já estamos no nosso limite. Então fica difícil tratar bem as pessoas se o próprio gestor deixa de tratar bem os seus profissionais da área de saúde”, destaca. (Luciana Marschall)

 


23/08/2012
 Posto policial sofre ameaça de despejo no B. Liberdade
 
Policiais militares que atuam na 26ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), antiga ZPol, podem ter de se mudar caso a Prefeitura Municipal não faça o pagamento do prédio onde eles permanecem, na Avenida Paraíso, Bairro Liberdade. A Aisp atua em toda a área da Cidade Nova e, segundo o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel José Sebastião Monteiro Junior, há quatro meses o proprietário não recebe o pagamento.

A Reportagem soube da informação e procurou o comando da PM, que informou saber que o proprietário procurou Maria do Livramento Sá de Almeida, a Lia do Liberdade, atualmente licenciada da presidência da associação de moradores do bairro, para falar dos atrasos e da possibilidade de pedir o prédio de volta.

“Ele [proprietário] ainda não nos procurou para falar disso, mas nos antecipamos e entramos em contato com a administração. Acreditamos que a situação poderá ser solucionada até amanhã, sexta-feira”, afirmou Monteiro. Caso contrário, o comandante assegurou que o local continuará a ser monitorado pela PM e que os policiais poderão ser acomodados no próprio quartel ou ainda no trailer que atualmente fica na Praça São Francisco, no Bairro Cidade Nova.

LAMENTOS
Quem não gostou nem um pouco da notícia foram os moradores e comerciantes do Liberdade. Todos os que foram ouvidos pela Reportagem alegaram que a área melhorou após a chegada do destacamento à Avenida Paraíso. “Vai fazer muita falta se eles saírem porque o local é bastante perigoso e, para nós, seria muito ruim”, declarou Flávia Santos.
Já Francisca Santos acredita que é muita falta de respeito por parte da administração se o “despejo” acontecer. “A área do Liberdade é perigosa, mas melhorou muito depois que a polícia veio para cá. Vamos ficar muito tristes se os militares forem embora daqui. A prefeitura tem de pagar esse aluguel. Como uma gestão não tem controle de gastos?”, questiona.

A gerente comercial Luana Medeiros, que trabalha na área, diz que a empresa para a qual presta serviços nunca foi assaltada e acredita que um dos motivos é a presença policial. “Nunca tivemos problemas em relação a assaltos, e isso pode mudar se os policiais saírem, com certeza”.

Além disso, ela acredita que o prazer e o direito que as pessoas têm de se divertir na praça do bairro, localizada em frente ao posto da PM, poderão ser interrompidos. “É um absurdo porque só temos a praça para passear. Se com poucos policiais já é perigoso, imagine se não tivermos ninguém”, murmura.

O comerciante Paulo Barros diz que ninguém quer que a PM saia do local porque para não perder o porto-seguro. “Será muito ruim sem eles. A polícia não incomoda, só contribui”.
Regiane do Nascimento mora próximo à Aisp e agradece a segurança que possui. “Com o destacamento aqui perto da praça, tem segurança tanto nesse ponto quanto no restante do bairro. A gente precisa desse apoio e de policiamento no Liberdade, que é naturalmente perigoso, e essa é uma forma de controle”.

Wellington Souza Porto frequenta diariamente a praça e diz que sentiu sensivelmente a diminuição da violência nos últimos tempos. “O bairro é um pouco violento, mas está mais calmo ultimamente. Acho que, se a polícia sair daqui, será um desleixo da prefeitura. Tem bandido que já nem respeita a polícia, imagine se não tivermos ela. Não queremos que nossa segurança nos abandone”, apela.

Devido ao horário de fechamento da matéria, na noite desta quarta-feira (22), não foi possível entrar em contato com a Assessoria de Comunicação da prefeitura para esclarecimento do caso. (Luciana Marschall)


24/08/2012
 Acessos à Transamazônica duplicada são mal-acabados 

Apesar de o trânsito já estar fluido normalmente, desde o final de junho passado, nos 5,9 quilômetros duplicados de trecho urbano da Rodovia BR-230 – a Transamazônica –, os acessos das folhas às pistas laterais da via não foram preparados pela construtora responsável pela obra. Ou seja, a faixa de asfalto que sai da pista e avança alguns metros pelas vias transversais, mesmo que estas não sejam pavimentadas, não existe.

Essa falha vem causando problemas a condutores, sobretudo de carros de carroceria baixa que, devido ao desnível entre o asfalto e a rua, geralmente de terra. Ao passar da via duplicada à transversal, o fundo do carro bate, causando danos ao veículo, conforme várias reclamações dirigidas ao CORREIO DO TOCANTINS.

"Não é toda entrada, mas sempre que saio da pista para entrar em várias ruas da Folha 33, meu carro bate o fundo. Como o tempo, isso vai resultar em prejuízo para mim", reclamou Antônio Maciel Pereira, por  e-mail.

Já Gilberto Amarantes Cunha, pelo telefone, disse que não entende "como se faz um trabalho tão grandioso e deixa um pequeno detalhe desses estragar tudo".
Outro condutor, Flávio Melo Teixeira, também chama atenção para o fato, alertando que, "a falta de acesso pavimentado também pode estragar o asfalto recém-colocado ali. Além de causar prejuízos materiais a quem possui veículo".

Sevop
Ouvida pelo Jornal sobre o assunto, a Sevop (Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas), respondeu, por meio de sua Assessoria de Comunicação, que a responsável por preparar os acessos das transversais às pistas laterais do trecho duplicado é a construtora que executou a obra.

Acrescentando ainda a assessoria que a Sevop não considera entregues os trabalhos de duplicação. Não informou, entretanto, quando se dará finalmente, a entrega da obra à prefeitura e, consequentemente à população.

Apesar das declarações da Sevop, por meio da Assessoria de Comunicação, quanto à não entrega na obra, no último dia 19 de junho, o prefeito Maurino Magalhães de Lima (PR) fez caminhada pela antiga ponte do Rio Itacaiúnas, acompanhado de comitiva, declarando na ocasião que naquele momento o complexo de duplicação estava funcionando em sua plenitude. (Eleutério Gomes)






Um comentário:

João Dias disse...

Apesar de você
(Com adaptações)

Apesar de você
MARABÁ há de ter melhores dias
Você vai se amargar
Vendo o povo cobrar
Sem lhe pedir licença

E eu vou morrer de rir
Pois sei esse dia há de vir
Antes do que você pensa

Como vai se explicar
Vendo o caos se alastrar, impunemente?

(Chico Buarque)