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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Correios: serviço precário compromete consumidor


No corredor estreito e entulhado de armários, o espaço útil fica, no máximo, com 80 cem de largura para acomodar a fila de interessados. Apenas três cadeiras estão disponíveis. A impressão que se tem é que o prédio encolheu no fluir do tempo e os armários se multiplicaram por osmose ou geração espontânea. O serviço à clientela, diz um aviso na parece, é das 14h às 17h, de segunda a sexta. Idoso, claro, não em regalia (era só o que faltava...).
À tarde de terça-feira, 18 de setembro, 25 pessoas apertavam-se em fila que se movia com dificuldade no rumo do balcão para uma só pessoa por vez, que levava até trinta minutos para resolver seu problema. Atrás do balcão, um atendente único se vira como pode. Ele mesmo confirma que há greve marcada para o dia seguinte. Mas, pelo serviço que presta, parece que a greve já começou a bastante tempo...
Na fila, um senhor pondera que desde a última paralisação nacional, ano passado, o serviço dos Correios afundou num oceano de problemas, atrasos na entrega de correspondência, prejuízos incalculáveis para o usuário que recebe faturas atrasadas e vai quitá-las com juros e correção monetária.
Ele não deixa de ter razão. Neste mesmo setembro recebi, dia 17, o boleto da OAB, remetido em agosto para pagamento até o dia 5. Resultado: estou em débito, vou ter de recorrer e pedir uma segunda via por internet.
Agora mesmo, já ao final da tarde quando enfim sou atendido, observo que minha correspondência com A.R. (Aviso de Recebimento, registrado urgente) foi despachada em Belém dia 6 de agosto. Uma anotação informa que o agente - acredite se quiser - teria passado em casa dia 7 de setembro, feriado e data do meu aniversário, onde eu não me encontrava.

Um comentário:

Liz Dolores disse...

Eu que mesmo antes da greve não vinha recebendo minhas correpondências imagine agora?