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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

PT nega relação com dinheiro apreendido no Peba


A apreensão de R$ 1 milhão e 130 mil dentro de uma aeronave que aterrissou no aeroporto de Parauapebas, cidade do Pará, nesta terça-feira, levantou suspeitas de que o dinheiro seria utilizado para a campanha eleitoral petista na cidade. Além do recolhimento do valor, três pessoas que estavam no local foram presas pelo juiz eleitoral Líbio Araújo Moura.
"Fiz a prisão de três pessoas que estavam com a quantia e apresentei à Polícia Federal para eles investigarem. Tínhamos informações de levantamento da polícia de que chegaria dinheiro no aeroporto. A origem do dinheiro e a destinação não foram comprovadas", declarou o juiz eleitoral.
Em nota, a direção municipal do PT afirma que "a apreensão realizada não tem nenhuma relação com o PT, sua candidatura ou mesmo com a campanha da coligação Todos por Parauapebas" e classifica de desespero a tentativa de vinculação dos valores apreendidos com a campanha petista.
"Em mais uma manobra desesperada dos setores atrasados ligados ao governo do Estado, o candidato que disse não a Carajás e ao povo do sudeste e sul do Pará tenta envolver o Partido dos Trabalhadores em situações que buscam ainda algum alento ao barco furado do candidato dos tucanos em Parauapebas", diz outro trecho do documento assinado por Nilson Dias, presidente local do partido. O dirigente ainda desqualifica a denúncia cuja autoria seria do candidato do Valmir da Integral (PSD), apoiado pelo PSDB do governador do Pará, Simão Jatene.
O dinheiro foi depositado em juízo, onde ficará à disposição da Justiça até que seja identificada a sua procedência e consequente destinação. O município receberá reforço de tropas federais para garantir a segurança das eleições. (Terra Brasil)

2 comentários:

Anônimo disse...

02/10/2012 18h27 - Atualizado em 03/10/2012 11h36
Polícia apreende R$ 1,13 milhão no aeroporto de Carajás, PA
Juiz diz que recebeu denúncia de que dinheiro seria para boca de urna.

Três pessoas foram detidas nesta terça-feira (2) com cerca de R$ 1,13 milhão em espécie no aeroporto de Carajás, no Pará, em operação conjunta das Polícias Civil, Militar e da Justiça Eleitoral, informou a Polícia Civil de Parauapebas, na região da Serra dos Carajás.

(Correção: ao ser publicada, esta reportagem afirmou que o total apreendido foi de R$ 1,2 milhão, valor alterado às 21h22 do dia 2 para R$ 1,3 milhão. Na verdade, o certo é R$ 1,13 milhão, conforme disse o juiz na manhã desta quarta, 3. O erro foi corrigido às 11h36 do dia 3. A reportagem também havia dito que as três pessoas foram presas. Na verdade, segundo esclareceu o juiz, os três foram detidos para prestar esclarecimentos e foram liberados. Esse erro foi corrigido às 21h22 do dia 2.)


"Há indícios de que seria de campanha", afirmou o delegado Antônio Miranda, titular da delegacia de Parauapebas, responsável pelas investigações. Miranda disse que não divulgará o nome dos presos. Questionado se os presos estão ligados a algum partido, o delegado não respondeu.

O juiz eleitoral Líbio Araújo Moura, que acompanhou as prisões, afirmou ao G1 que os presos seriam o piloto da aeronave e um casal, cujos nomes não foram informados.

Segundo ele, os três foram detidos para averiguação em Carajás, prestaram depoimento em Marabá e, após esclarecimentos, foram liberados.

De acordo com o juiz, a investigação teve início após denúncias de que o dinheiro seria entregue no aeroporto. "Tínhamos informações de que pessoas iam descer no aeroporto de Parauapebas com dinheiro que seria para boca de urna", afirmou. Segundo ele, há indícios de lavagem de dinheiro.

De acordo com o delegado, os suspeitos afirmaram que entregariam o dinheiro para outras duas pessoas no aeroporto. Segundo Miranda, essas duas pessoas também já foram identificadas, mas não foram presas.

Os três presos na operação estão sendo encaminhados à Polícia Federal de Marabá, onde deve continuar a investigação. O delegado não informou os nomes dos detidos.

O dinheiro foi depositado em uma conta do Banco do Brasil pertencente à Justiça Eleitoral.

O G1 entrou em contato com quatro dos seis candidatos à Prefeitura de Parauapebas, que até as 19h30 se manifestaram. Veja a seguir o que dizem os candidatos:

Coutinho (PT) - Nilson Dias, presidente do partido e da coligação, afirmou que o dinheiro não está ligado à campanha do candidato e que os presos chegaram a trabalhar para o PT nas últimas eleições, mas não estão mais ligados ao partido, e sim, ao do adversário, o candidato do PSD, Valmir da Integral. "Recebemos a informação de que esse é um valor vindo de Belém, do governo do Estado. O governador está bancando a campanha dele aqui", afirmou. O governo do Estado do Pará informou que não irá se manifestar sobre as declarações do candidato.

Valmir da Integral (PSD) - A comunicação da coligação negou que o dinheiro pertença ao candidato e informou que entende que a afirmação do PT sobre o suposto favorecimento de Valmir pelo governo do Estado é "mais um desrespeito à população de Parauapebas". "É um absurdo que queiram transferir para a uma campanha limpa uma responsabilidade deles."

Adelson (PDT) - A campanha informou que prefere não se manifestar sobre o assunto e negou que o dinheiro pertença ao candidato.

Zezinho (PSOL) - Marven Lima, dirigente da Executiva do PSOL e coordenador da campanha, afirmou que foi à delegacia com o candidato para acompanhar o caso e que não tem relação com o dinheiro. "Essa era uma prática histórica em Parauapebas, onde o poder econômico sempre dominou. Agora, sabemos que é questão de tempo para que descubram mais irregularidades de outras coligações e candidatos."

Os candidatos Chico das Cortinas (PRP) e Rui Vassourinha (PRB) não foram encontrados para comentar o assunto.

Verdade... disse...

No dia em que um Político Assumir que participou de qualquer operação que envolva dinheiro, seja desviado ou mesmo sem comprovação.. Se esse dia chegar, aí então talvez teremos um Brasil Transparente......