Nesta cidade, a equipe de Noé Atzingen, constituída de 17
pessoas, entre remadores, técnicos, fotógrafos, jornalistas, ambientalistas,
pilotos e uma cozinheira, foi recebida pelo presidente da Fundação Cultural de
Imperatriz (FCI), Antonio Mariano Lucena Filho, pelo diretor da Fundação Rio
Tocantins, Domingos Cezar e pela presidente do Conselho Municipal do Meio
Ambiente (Commam), Ivanice Cândido Almeida.
Em face a compromissos assumidos anteriormente o prefeito
Sebastião Madeira não pôde comparecer ao porto para receber o projeto, mas
disse ter tomado conhecimento do mesmo, por intermédio do prefeito de Marabá,
João Salame Neto, quando aqui esteve recentemente. “Sei que o projeto visa
resgatar a história dos nossos desbravadores que saíam daqui para Marabá em
busca de trabalho, daí a sua importância”, disse Madeira.
O Projeto Balsa de Buriti começou, efetivamente, na última
quinta-feira (18) com uma solenidade no porto de Carolina, a qual contou com a
participação de políticos do município de Marabá, bem como pessoas da
comunidade, políticos e pioneiro de Carolina, os quais reviveram a ligação
entre os dois municípios. As viagens em décadas passadas eram feitas pelo rio
Tocantins, a bordo das balsas de buriti.
Em função da hidrelétrica (barragem) de Estreito, que impede
a passagem de embarcações, o projeto foi retomado na manhã de sexta-feira (19)
no porto de Estreito, onde foi confeccionada a balsa de buriti. A ideia inicial
era reproduzir uma balsa semelhante as que eram utilizadas no transporte de
pessoas e animais. Nessa tentativa, a balsa transporta grãos, galinhas, entre
outras coisas e gêneros.
De acordo com Noé, nas amarras foram usadas cordas ao invés
de cipós, porque estes não foram mais encontrados. “Nossa ideia era reproduzir
uma balsa do mesmo tamanho, mas também tivemos dificuldades de encontrar pés de
buritizeiros, para que pudéssemos tirar os talos para confeccionar a balsa”,
afirma o biólogo.
Mas o Projeto Balsa de Buriti, não tem como objetivo único
resgatar a história dos sertanejos maranhenses que se dirigiam para plagas
paraenses em busca de trabalho. “Nós estamos fazendo em cada cidade que
passamos um trabalho de conscientização ambiental junto cada comunidade
visitada”, explica Noé Atzingen.
Antes de deixar o porto de Imperatriz, Noé Von Atzingen, que
é membro da Academia Sul-Paraense de Letras, foi recebido pelos acadêmicos
Agostinho Noleto e Domingos Cezar, na sede da Academia Imperatrizense de Letras
(AIL). Na ocasião, Noé conheceu todas as dependências do prédio histórico, fez
doação de livros de autores de seu município, bem como recebeu livros de
autores locais. (Texto: Domingos Cezar)
Noé Von Atzingen sendo recebido por Lucena Filho, Domingos Cezar e Ivanice Cândido.
(Foto: Almeidinha)
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