As empresas privadas do ramo financeiro fecharam quase cinco
mil postos de trabalho no primeiro semestre do ano. Os bancos com carteira
comercial contrataram 15.173 bancários no primeiro semestre e desligaram
20.230. Ou seja, deixaram de repor 4.890 profissionais, segundo informações da
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A
reportagem é de Jorge Américo, no jornal Brasil de Fato.
Os números, divulgados na sexta-feira (26), estão na
contramão dos índices nacionais de desemprego. Dados do Ministério do Trabalho
Emprego demonstram que o mercado abriu perto de 830 mil postos de trabalho com
carteira assinada no mesmo período.
O Itaú Unibanco, com lucro de R$ 3,4 bilhões, lidera a
lista, com 6.679 desligamentos. Na sequência, vem o Bradesco, com 2.309.
Os sindicalistas consideram a rotatividade de mão de obra
uma maneira "perversa" de reduzir a renda. O salário médio dos
admitidos no primeiro semestre foi de R$ 2.896,07. Já aqueles que foram
desligados recebiam salário médio de R$ 4.523,65.
Em geral, os trabalhadores que entram no sistema financeiro
recebem remuneração 36% inferior à dos que saem. A Contraf-CUT também destaca
que as mulheres contratadas recebem salário médio 25% menor que os homens.
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