Até ano que vem, estima-se que a área de expansão urbana entre
os bairros de São Félix do Tocantins e Morada Nova alcançará 70 mil habitantes.
Lá já existem os núcleos Francolândia, Bairro Araguaia, os três São Félix, mais
os habitacionais Tiradentes e Tocantins e, até ano que vem, o residencial
Magalhães – os três últimos integrantes do programa federal “Minha casa, minha
vida”.
O Tiradentes tem 1.410 casas, das quais 1.090 ocupadas por
famílias carentes, que atendem ao requisito do programa. O Tocantins possui
1.090, todas habitadas.
Mas o que deveria ter sido para milhares de pessoas a
solução da casa própria, mesmo com qualidades mínimas de conforto e segurança, é,
na verdade, um infindável rosário de precariedades e contrariedades.
Por exemplo: 1. o sistema de abastecimento d’água do
Tiradentes é saturada de ferrugem e imprópria para consumo; 2. as casas estão
rachando no piso, embora tenham sido entregues entre dezembro de 2012 e junho
de 2013; 3. péssima iluminação, dada a instabilidade do fornecimento de
energia; disso resulta a perda de eletrodomésticos e outros bens caseiros que
dependem de luz elétrica; 4. a rede de esgoto foi confeccionada com tubulação
menor do que a devida, de modo que os canos estouram e enchem as ruas de
dejetos; 5. a drenagem de água pluvial não existe, sendo que nas chuvas as
casas chegam a ser inundadas por falta de evasão; 6. a escola (níveis
fundamental e médio) nunca foram construídos embora existam mais de 2.500
alunos na idade da obrigatoriedade escolar, e pelo menos 2.000 no residencial
Tocantins; 7. o Núcleo de Ensino Integrado (NEI) para crianças de 3 a 6 anos
está funcionando dentro de um bloco na praça, em situação bastante precária:
nem sequer possui estrutura para atender seus objetivos; 8. o posto de Saúde
jamais foi construído, o que obriga a população a migrar para os postos
existentes a até 15 km de distância dos conjuntos localizados à margem da
rodovia BR-222.
Vale ressaltar, que inúmeras reuniões foram realizadas em
conjunto com representantes da Prefeitura de Marabá - Secretário de Obras e Urbanização,
entre outros – Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal e
empreiteira HF, mas absolutamente nada avançou: cada uma dessas entidades
limitou-se a empurrar para a outra a responsabilidade pela resolução dos
problemas dos núcleos, enquanto as famílias continuam a sobreviver nas mais
precárias condições de habitabilidade e insalubridade em seus núcleos
residenciais.
Esta semana, moradores revoltados bloquearam a BR-222 para
chamar a atenção das autoridades para seu dilema. Não adiantou. Apenas no mês
de abril recente, 37 motocicletas foram roubadas do residencial Tiradentes
(mais de uma por dia), sem contabilizar os assaltos a qualquer hora do dia mas,
principalmente à noite, quando as pessoas que trabalham fora retornam a suas
casas.
Hoje à noite, representantes desses bairros discutem no São
Félix o encaminhamento de um pleito para a instalação de agências bancárias na
área, porque são obrigados a dirigir-se até a Nova Marabá, do outro lado do rio
Tocantins, para pagamento, saques e outros procedimentos. Segundo o advogado
Haroldo Júnior, cujo escritório assessora essas comunidades desde o ano
passado, também será proposta uma audiência pública ao deputado federal Arnaldo
Jordy quanto a todos esses problemas, até aqui aparentemente insolúveis por falta
de interesse dos órgãos públicos envolvidos neles.
4 comentários:
O que o Jordy tem com isso, é mais fácil acionar o ministério público no lugar de trazer o Arnaldo Jordy para fazer política. Se acionarem o prefeito municipal será o canal mais promissor para a resolução definitiva dos problemas.
Osório, respeito e publico sua opinião, Mas é de indagar-se porque o prefeito municipal jamais moveu uma palha para tentar solucionar o que quer que seja nos habitacionais ou nas invasões.
Vale ressaltar que na ULTIMA reuniao, assim definida pelo advogado da Caixa, a mesma se colocou como intermediadora das negociações, a COSANPA foi o grande alvo de vido a dificuldade de receber a obra em padrao FIFA.
Da mesma forma o prefeito se demonstrou irritado com a manifestação dentro e dora dos residenciais culpando a prefeitura que tambem nao quer receber a obra a nao ser que o governo federal repasse dinheiro para construção de postos de saude e creches, ou seja a empresa construiu com custo baixissimo repassado atraves da Caixa e Fiscalizado por seus engenheiros de acordo com os projetos entregues e aprovados pela mesma.
O prefeito Joao Salame disse na ultima reuniao que nao é problema dele.
Agora as associações vão entrar no MPF e no MP, onde cabe cada ação de responsabilidade sejam da Caixa, HF e da Prefeitura.
É um descaso do poder publico municipal que nao quer "este abacaxi", como se lá não morasse seres humanos.
O que a Prefeitura e a Cosanpa estão querendo na verdade é receber a obra padrao FIFA;
E nós que estamos na cidade? A agua não é padrao FIFA, a drenagem e pavimentação tambem nao. Nem mesmo da duplicaçao onde seu secretario de obras, ex CMT, esteve a frente durante este serviço é um caos quando chove. Pontos de alagamentos e asfalto em desconformidade.
São muitos os problemas e muitos os empurroes politicos e tecnicos.
O jeito para esta corja é MP e MPF.
A respeito da publicação que fizeram da escola Judith , enquanto os pais não se conscientizarem que a educação vem de casa vai ficar pior do ja estar , os alunos que a policia levou os pais de todos foram chamados porem so apareceram quando a policia levou.Pois os mesmos são alunos do turno da noite e vam para turno do dia uniformizados atrapalhar o trabalho dos professores do dia.
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