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quinta-feira, 19 de abril de 2007

Poesia faz bem

A Associação dos Poetas e Escritores de Marília (SP) está com inscrições abertas até 1º de julho ao seu concurso de poesias, cujo regulamento pode ser obtido no site www.apem.com.br. A entrega de prêmios acontece dia 4 de agosto naquela cidade. Livre-pensar "A felicidade é uma viagem, não um destino". (Henfil)

11 comentários:

Hiroshi Bogéa disse...

Ei, "Titio", tu inventastes, agora não me deixa so. É tempo de discutir a Importância do Gibi para a Aculturação dos Jovens. A Cris não fugiu. Tá indo lá no meu blog com belos comentários. Manja aí, respondendo a ti:
Bia disse...
Caríssimo Quaradouro:

Ninguém é Pagão impunemente!
Ken Parker!!! Perfeito !!!

Quando eu assisti "O dólar furado", em mil novecentos e nada, imaginava que Guilliano Gema era um clone do Ken Parker. Pela beleza do ator, é claro!

Há uns dois ou três anos, encontrei na Banca do Alvino uma reedição legal do Ken. Comprei, mas fui ferozmente roubada!

O V, eu não gostei. Sinceramente, não li até o final. Quando vi o filme, tentei de novo, mas achei uma droga! Ás vezes, só às vezes, o óbvio não é atraente.

Quanto ao Batman, eu o detesto, em todas as versões.

Abração.

Anônimo disse...

Para início de conversa, felicidade não é frase feita.

Ela é viagem.
É destino.
É Chegada.
É Partida.

É que nem nós aqui, amigos, conversando.
Existe mais felicidade que isso?

Existe.

Bjs. C

Anônimo disse...

AB, o mesmo Henfil, diz ainda:

“É preciso a certeza de que tudo vai mudar; É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós:
Onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.
O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração;
Pois a vida está nos olhos de quem sabe ver …
Se não houve frutos,
valeu a beleza das flores.
Se não houve flores,
valeu a sombra das folhas.
Se não houve folhas,
valeu a intenção da semente”.
(Henfil)

Ademir Braz disse...

Ora, Bia, para gostar do Batman tem de ser sombrio igual a ele (dark, não, que é coisa de adolescente mal resolvido).No Asilum Arkham tem muita gente que também o detesta: Coringa, Hera Venenosa, o Espantalho.Aquele meu parceiro, Frost Man, o homem do gelo...

Ademir Braz disse...

Cris:
Capra tem um filme digestivo e meloso chamado "A felicidade não se compra". Eu, se pudesse, faria um filme chamado "A felicidade é um viés", no sentido de uma alucinação sensorial, qualquer besteira assim.
Do Henfil, prefiro o Fradinho. Ele desenhava melhor do que escrevia. Essa de que "Se não houve folhas,
valeu a intenção da semente" é pesada. Se não há folhas é porque não vingou a semente.

Anônimo disse...

Pagão, nossa amizade infinda, construída em muitas manhãs na janela da Prefeitura, nos almoços no Batucão e nas noites ouvindo Dolores Sierra na Dona Sebastiana, me permite dizer - derramando carinho e saudade de ti - que nem sempre te levo a sério: quem se derrete em poemas, tá precisando mudar de parceiro. Nada de Homem de Gelo! Prefiro te imaginar cuspindo fogo no canto do Zinho Oliveira.

Quanto ao Batman, lá vamos nós: ele não é sombrio. Ele é clicotímico!

Já o Fantasma, ah! É sombrio, pela tua definição. Faz a melancolia parecer um dom e não uma doença do ego...rsrsrs.


Beijo grande

Anônimo disse...

Caramba! O que me fez entrar neste post, não foi o chato do Batman!

Entrei pra perguntar se você já se inscreveu!

Abraço

Ademir Braz disse...

Bia, cara:
ponto pra você que acertou no Batman. Ele é ciclotímico e eu, ciclotímido. a consoante é só um desaforo
Sua referência ao batukão encheu-me dessa melancolia idosa dos arcanjos decaídos.Inda mais agora que só tenho vida para a minha poesia e a gestação de Ana de Luanda e Giordano Bruno.
Faz tanto tempo que não curto uma companhia que dói. Não, não é carência, eu não tenho como (ou porquê, sei lá) viver com quem quer que seja, assim calado e desafeito, portas e janelas fechadas por dentro. Bem que eu gostaria de gotejar segredos em aurículos amorosos, mas...Como diz aquele antigo compositor baiano, onde me querem isto, sou aquilo.
Tá, de gelo não, mas quem sabe umcubinho pruma caipirinha, talvez.
.

Anônimo disse...

Fechado o acordo: Pagão on the rocks cabe melhor pra ti do que Homem de Gelo!

Quanto às portas e janelas, especialmente as fechadas por dentro, já fiz doutorado nesse quesito. Aviso de especialista: minha emoção quase mofou e agora, porta ainda apenas entreaberta, de onde espio cautelosamente antes de abrir, mas com as janelas escancaradas para o sol refaço o verso do poeta: eu sou isso e aquilo, mas sou aquilo ou isso quando me querem bem, se isso me fizer bem.

Quanto ao Poeta, vamos ver se concordamos: amei Caetano até o Circuladô de Fulô. Depois disto - e acho que coincidiu com suas declarações de amor à morte por FHC - não curto mais o que fez a partir daí. Tá, tem o Haiti e uma ou outra, mas ele foi se arrogando ser tão, mas tão sábio, que virou o porta voz do nada e um poeta medíocre fazendo pose de hermético.

Abração

Ademir Braz disse...

Bia, doce:
Grato pelo uisque, mas não bebo este mito. você lembra, cervejada a noite inteira, aqui e ali um trago de aguardente. das noitadas ficaram pelo menos isso, as cervejas (quando possíveis) com os amigos no final de semana e uma aguardente para manter de bem a legião de caruanas. Sair para onde em Marabá, terra de vacas e carvoarias?
quanto ao Cae, você foi mais longe do que eu. Ele, Gal, Gil, exceto pela poesia hoje rara, coisificaram-se.A sociedade capitalista tem disso: se não pode domesticá-la, faz de voc~e um pinguim de geladeira. O que me mantém é minha luminosa bruxaria. Você leu Carlos Castañeda? Ele não aprendeu nada com el brujo viejo, mas bruxaria e poesia são, literalmente, subir pelas paredes.Não sei como você vê a magia, aquela que ceifou Raul Seixas, por despreparo, e enriquece Paulo Coelho, mistificador. Umbanda, quimbanda, vudu? Santo Deus! a alquimia é a transmutação dos signos, o fogo interior posto a ferros sob a vontade: meu corpo é meu templo, minha chama.
Relembro com nostalgia Bagwan Rajnishee, depois Osho, e então eu me chamava Sahara, não o deserto, mas aquele que, no tarô, espera a luz do relâmpago para andar na noite escura.
Música brasileira? Viva Nei matogrosso!

Anônimo disse...

E Tim Maia!!!

Eu li Castañeda jovem demais. E não entendi nada! E não reli depois, por pura presunção de que já sabia a verdade...rsrsrs...

E, como vc fala no Raul, e depois no Ney, e eu saúdo Tim Maia, tenho minha tese. Vamos lá: essas figuras e algumas outras - Torquato Neto, Cássia Eller, Cazuza, só pra ficar na música - cada um do seu jeito disse que a camisa de força da vida ou da "normalidade", não lhes cabia.

Eu, como sou arrogante, sempre achei que ela é apertada demais pra mim também - literalmente, todas as roupas me sabem apertadas...rsrsrs..- mas nunca tive humildade pra ir buscar alternativas nas possibilidades alternativas (redundantemente).

Insisto em levar a vida a seco e quando me engasgo com a saliva, corro a ler Adélia Prado, ou a ouvir Renato Braz.

Um braço grande. Durma bem.