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quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Marabá - cidade refém

Será que existe motoqueiro que, em vez de moto, conduz outra coisa? Em Marabá, parece que sim. Pelo menos é o que se deduz da existência da Coopermar, que se diz “Cooperativa de Motoqueiros Condutores de Motocicletas Autônomos de Marabá”. Pois bem. Presidida pelo Sr. Francisco de Souza, a Coopermar é mais um item do caos em que se tornou o transporte público na cidade, cheia de mototaxistas, motoboys e outros “motoqueiros condutores de motocicletas” que florescem da noite para o dia neste avacalhado setor. No início deste ano, o Tribunal de Justiça do Estado ordenou que a prefeitura tirasse do trânsito todos os mototáxis, em vista da anulação da lei que os criou, e nada foi feito. Nivelados todos na mesma clandestinidade e sem qualquer fiscalização do DMTU, que esta semana se disse incompetente para fazer alguma coisa (até mesmo, presumo, para chamar a polícia), a turma sobre duas rodas faz o que quer. É por isso que a Coopermar se dá ao displante de tentar intimidar autoridades e constranger a população, como se verifica no expediente que encaminhou à presidência do Sindicom. Depois de esculhambar a prefeitura e o DMTU, Francisco de Souza comunica ao economista Paulo Lopes, presidente do Sindicom, que nos dias 14, 17, 18, 19, 20 e 21 de dezembro em curso “todos os motoboys (cerca de 300) estarão empurrando suas motos pelas ruas da cidade com suas esposas e filhos”, no sentido Nova Marabá-Maraba Pioneira e Cidade Nova de 07:00 às 10:00 hs e de 11:00 às 14:00 hs, “até que o DMTU libera as motos apreendidas sem cobrança de qualquer ônus e que o prefeito nos chame para conversar sobre o assunto em pauta”. Ou seja: o senhor, a senhora, que trabalham, pagam impostos, são assaltados ou têm suas casas arrombadas, vocês saiam da frente porque o trânsito e a cidade estão entregues à desordem.

2 comentários:

Anônimo disse...

todo trabalho e digno e so legalizar e inpor regras e orgarnizar ,nos brasileiros temos que lutar por trabalho honesto para que possamos educar e encamilhas nossos filhos

Ademir Braz disse...

Ô Duda, você está certo: todos temos o direito ao trabalho honesto, à educação dos nossos filhos. Mas o direito de cada um de nós é limitado pelo direito de quyalquer outro cidadão, e assim você não pode fechar ruas e pistas urbanas impedindo que as demais pessoas cuidem da própria vida.