A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou carta a todos os bispos do país , esclarecendo a posição da entidade em relação ao Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra no Brasil. O Plebiscito está marcado para o dia 7 de setembro , quando ocorre também o Grito dos Excluídos.
Na carta , a Presidência afirma que a iniciativa do Plebiscito não é da CNBB, mas do Fórum Nacional pela Reforma Agrária (FNRA). “A proposta do Plebiscito tem origem no Fórum Nacional pela Reforma Agrária e foi assumida como gesto concreto das Igrejas que realizaram a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 (Texto Base , n. 120). Não é, portanto , de iniciativa da CNBB, nem se realiza sob sua responsabilidade ”, diz a carta . “Não é, portanto , de iniciativa da CNBB, nem se realiza sob sua responsabilidade ”, frisa a carta .
A Presidência da CNBB lembra que as pastorais sociais estão dando apoio à realização do Plebiscito , explicitado pela Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade , da Justiça e da Paz e que caba a cada bispo dar as orientações sobre o Plebiscito em suas respectivas dioceses . “Entendemos que esse gesto está em sintonia com as orientações da CNBB sobre as questões da terra . Nas Igrejas Particulares , os Senhores Bispos darão as orientações que julgarem convenientes ”.
Na carta , a CNBB recorda que a Igreja defende todas as “questões de justiça social que visam melhorar as condições de vida dos cidadãos brasileiros [...]”. A questão fundiária é uma dessas bandeiras . “Um dos problemas que interpelam a ação evangelizadora da Igreja no Brasil é a questão fundiária ”.
Leia a Carta aos Bispos :
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – tem se preocupado , ao longo da sua história , com as questões de justiça social que visam melhorar as condições de vida dos cidadãos brasileiros , especialmente dos pobres . Um dos problemas que interpelam a ação evangelizadora da Igreja no Brasil é a questão fundiária .
“O ensino social da Igreja denuncia também as insuportáveis injustiças provocadas pelas formas de apropriação indevida da terra ” (cf. Pontifício Conselho “Justiça e Paz ”, Para uma Melhor Distribuição da Terra – O desafio da reforma agrária , 1997, n. 33). Entendemos que “a reforma agrária representa não só um instrumento de justiça distributiva e de crescimento econômico , mas também um ato de grande sabedoria política . Ela constitui a única resposta concretamente eficaz e possível , a resposta da lei ao problema da ocupação das terras ” (ibidem n. 44).
A proposta do Plebiscito de iniciativa popular pelo Limite da Propriedade da Terra no Brasil em defesa da Reforma Agrária e da Soberania Territorial e Alimentar , a ser realizado no início do mês de setembro do presente ano , está em sintonia com o ensinamento da Igreja , que afirma ser o “latifúndio intrinsecamente ilegítimo ” (op. cit. 32). A proposta do Plebiscito tem origem no Fórum Nacional pela Reforma Agrária e foi assumida como gesto concreto das Igrejas que realizaram a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 (Texto Base , n. 120). Não é, portanto , de iniciativa da CNBB, nem se realiza sob sua responsabilidade .
Assinam o documento : Dom Geraldo Lyrio Rocha , arcebispo de Mariana , presidente da CNBB; Dom José Alberto Moura , CSS, arcebispo de Montes Claros (MG), vice-presidente ad hoc; Dom Dimas Lara Barbosa, bispo auxiliar do Rio de Janeiro , Secretário Geral .
Nenhum comentário:
Postar um comentário