A Fazenda São Sebastião foi arrematada em um leilão pelo banco em 2008. Até março de 2009, a área era ocupada por uma imobiliária. Dias após a saída da empresa, a propriedade foi invadida. Hoje, há 450 famílias no local. Uma solução para o problema, segunda a juíza Cláudia Moura, seria a venda de lotes para os moradores. De acordo com a proposta, a Justiça fixaria o valor dos lotes, em três faixas distintas, conforme a localização do imóvel, que poderia ser pago em prestações mensais. "Se eu deixar para o banco fixar um valor, ficará muito caro. Se eu deixar para as famílias, o preço será muito baixo", diz a juíza, ao lembrar que um acordo será benéfico para os dois lados. A magistrada diz que recentemente fechou um acordo nos mesmos moldes com uma empresa e moradores do município de Eldorado dos Carajás.
Os valores ainda não foram propostos pelo Judiciário, o que será feito a partir de visitas no local com peritos do Incra. Por enquanto, as negociações são prematuras e longe de uma solução. "Não podemos fazer a cobrança individualizada, até porque o banco não tem serviço de corretagem. Vamos ouvir a proposta, mas a situação é muito difícil", diz Carlos Rodrigues Vieira, gerente do Bradesco da agência de Tucuruí. "Ninguém sabia que o lote era do Bradesco", afirma Jaírson Barrata de Neves, representante da associação de moradores que ocupou o local. De acordo com ele, todas as famílias que vivem lá são de baixa renda.
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