O Ministério Público Federal enviou hoje pedidos de apoio
urgente para a Polícia Federal e a Polícia Militar do Pará, para conter
madeireiros que atiraram hoje contra fiscais do Ibama, policiais militares e
indígenas que faziam a retirada de madeira apreendida dentro da Terra Indígena
Alto Rio Guamá, em Paragominas, a 500 quilômetros de Belém.
A madeira foi apreendida no ano passado depois de ser
extraída ilegalmente de dentro da Terra Indígena, mas só agora o Ibama pôde
fazer cubagem, para posterior retirada. Os policiais e fiscais foram
surpreendidos pelos madeireiros, que atiraram contra a equipe. Não há notícia
de feridos, mas dois policiais militares e o índio Valdecir Tembé estão
desaparecidos.
O procurador da República Gustavo Henrique Oliveira, de
Paragominas, está acompanhando o caso e enviou ofícios à Polícia Federal, ao
Ibama, Funai, à Secretaria de Segurança Pública e ao Batalhão de Polícia
Ambiental do Pará. Ele pede informações sobre a situação e reforço policial
urgente na área, para localizar os desaparecidos e conter os madeireiros.
“Há relatos de que os agentes foram rendidos e se encontram
perdidos no local. A Funai informou, ao telefone, que os madeireiros retiveram
as armas dos agentes. Um indígena está perdido. Solicito, com urgência, o apoio
desse Batalhão, para conter os conflitos, resguardar a integridade das pessoas
envolvidas e assegurar a madeira derrubada”, diz o ofício enviado hoje ao
Batalhão de Polícia Ambiental.
“Ressalto que os fiscais do Ibama e os policiais do BPA
foram rendidos no local. Houve negociação para que fossem soltos. Porém, há
relatos de que dois policiais continuam na Terra Indígena, perdidos”, disse no
documento enviado à PF. Há também informações de que os madeireiros ficaram com
as armas dos fiscais e dos policiais.
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