Um
dia após a “Operação Porto Seguro” distribuir coques pelo alpendre do
Palácio do Planalto, surgiram matérias oníricas sobre supostas
peripécias de Rosemary Noronha pelo mundo afora.
> De diamantes a malas de dinheiro
Postou-se que Rosemary, aproveitando-se do seu passaporte diplomático, contrabandeava até diamantes da África do Sul.
O
deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) postou em seu blog e reiterou ontem
(4), na audiência congressual com o ministro da Justiça, que Rosemary
teria desembarcado em Portugal com uma mala, protegida por imunidade
diplomática (a mala diplomática de que trata a Convenção de Viena sobre
Relações Diplomáticas), contendo 25 milhões de euros que teriam sido
depositados, em Lisboa, no Banco Espírito Santo.
> Somente diplomatas gozam de imunidade diplomática
Cardozo
classificou a notícia como “fantasiosa” e fantasiosa ela é: as
peripécias de Rosemary Noronha não passam daquelas já apontadas pela
Polícia Federal, que a vigiava há dois anos.
Ter
passaporte diplomático e ser diplomata são coisas diversas. Só quem pode
portar a mala diplomática, com a imunidade garantida pela Convenção de
Viena, são diplomatas já acreditados pelo país onde presta o serviço
consular.
Quem porta passaporte diplomático em
função de eventual cargo (o caso de Rosemary Noronha), goza de alguns
privilégios (fila especial e dispensa de vistos em determinados países)
mas não possui qualquer tipo de imunidade, principalmente aduaneira.
> Portugal nunca foi paraíso fiscal
Em
lugar algum do mundo, finados os paraísos fiscais (e Portugal jamais
esteve nessa categoria), não é possível depositar 25 milhões de euros
(R$ 70 milhões) em espécie sem que as autoridades financeiras sejam
alertadas.
Portugal faz parte da comunidade
internacional que adere aos tratados contra a lavagem de dinheiro e o
BES não permite depósitos sem identificação e cadastro.
Eu
sempre digo que na política não há santos, mas não é necessário, para
arrancar a postiça auréola de alguns, remete-los a uma das 6.666 legiões
de Belzebu.
Um comentário:
Em Saquarema-RJ aconteceu um fato muito estranho. Antes das eleições era só andar pelas ruas e perguntar em quem o eleitor iria votar que a resposta era unânime: Pedro Ricardo, candidato da oposição. Pois bem, o rapaz perdeu em todas, eu disse todas as 173 urnas da cidade. Perdeu e perdeu de muito. O mais estranho é que hoje, um mês após as eleições, você vai às ruas e os eleitores continuam unânimes em dizer que votaram em Pedro Ricardo. Seria muito mais cômodo pro eleitor dizer que votou na candidata vitoriosa. Mas não, o eleitor bate o pé afirmando que votou no outro. Curiosamente, é difícil encontrar alguém que confirme que votou na candidata vencedora, que coincidentemente é a esposa do deputado estadual Paulo Melo, presidente da ALERJ. Existem vários relatos da internet e inclusive vídeos no YOUTUBE atestando a vulnerabilidade das urnas eleitorais. Está lá pra quem quiser assistir. O fato é que esse triunvirato: Cabral, Zveiter e Paulo Melo atenta contra a democracia. Todos os poderes encontram-se de um lado só da balança, prejudicando a alternância do poder, principal filosofia da democracia. O fato é que não adianta espernear, pois o TSE, por mais que existam evidências que comprovem, jamais irá admitir fraudes em suas 'caixas pretas'. O ideal seria que a urna eletrônica emitisse, também, um cupom onde mostrasse em quem o eleitor votou. E que esse cupom fosse colocado numa urna tradicional ao lado dos mesários, para fins de comprovação posterior. Uma coisa é certa: nenhum outro país no mundo, depois de examinar, quis comprar nosso ‘avançadíssimo, rápido e moderno' método de escrutínio, nem o Paraguai.
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