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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Notícias de que Rosemary Noronha teria evadido 25 milhões de euros não passam de fantasia

No Parsifal Pontes:

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Um dia após a “Operação Porto Seguro” distribuir coques pelo alpendre do Palácio do Planalto, surgiram matérias oníricas sobre supostas peripécias de Rosemary Noronha pelo mundo afora.
> De diamantes a malas de dinheiro
Postou-se que Rosemary, aproveitando-se do seu passaporte diplomático, contrabandeava até diamantes da África do Sul.
O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) postou em seu blog e reiterou ontem (4), na audiência congressual com o ministro da Justiça, que Rosemary teria desembarcado em Portugal com uma mala, protegida por imunidade diplomática (a mala diplomática de que trata a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas), contendo 25 milhões de euros que teriam sido depositados, em Lisboa, no Banco Espírito Santo.
> Somente diplomatas gozam de imunidade diplomática
Cardozo classificou a notícia como “fantasiosa” e fantasiosa ela é: as peripécias de Rosemary Noronha não passam daquelas já apontadas pela Polícia Federal, que a vigiava há dois anos.
Ter passaporte diplomático e ser diplomata são coisas diversas. Só quem pode portar a mala diplomática, com a imunidade garantida pela Convenção de Viena, são diplomatas já acreditados pelo país onde presta o serviço consular.
Quem porta passaporte diplomático em função de eventual cargo (o caso de Rosemary Noronha), goza de alguns privilégios (fila especial e dispensa de vistos em determinados países) mas não possui qualquer tipo de imunidade, principalmente aduaneira.
> Portugal nunca foi paraíso fiscal
Em lugar algum do mundo, finados os paraísos fiscais (e Portugal jamais esteve nessa categoria), não é possível depositar 25 milhões de euros (R$ 70 milhões) em espécie sem que as autoridades financeiras sejam alertadas.
Portugal faz parte da comunidade internacional que adere aos tratados contra a lavagem de dinheiro e o BES não permite depósitos sem identificação e cadastro.
Eu sempre digo que na política não há santos, mas não é necessário, para arrancar a postiça auréola de alguns, remete-los a uma das 6.666 legiões de Belzebu. 

Um comentário:

Aparício Fernando disse...

Em Saquarema-RJ aconteceu um fato muito estranho. Antes das eleições era só andar pelas ruas e perguntar em quem o eleitor iria votar que a resposta era unânime: Pedro Ricardo, candidato da oposição. Pois bem, o rapaz perdeu em todas, eu disse todas as 173 urnas da cidade. Perdeu e perdeu de muito. O mais estranho é que hoje, um mês após as eleições, você vai às ruas e os eleitores continuam unânimes em dizer que votaram em Pedro Ricardo. Seria muito mais cômodo pro eleitor dizer que votou na candidata vitoriosa. Mas não, o eleitor bate o pé afirmando que votou no outro. Curiosamente, é difícil encontrar alguém que confirme que votou na candidata vencedora, que coincidentemente é a esposa do deputado estadual Paulo Melo, presidente da ALERJ. Existem vários relatos da internet e inclusive vídeos no YOUTUBE atestando a vulnerabilidade das urnas eleitorais. Está lá pra quem quiser assistir. O fato é que esse triunvirato: Cabral, Zveiter e Paulo Melo atenta contra a democracia. Todos os poderes encontram-se de um lado só da balança, prejudicando a alternância do poder, principal filosofia da democracia. O fato é que não adianta espernear, pois o TSE, por mais que existam evidências que comprovem, jamais irá admitir fraudes em suas 'caixas pretas'. O ideal seria que a urna eletrônica emitisse, também, um cupom onde mostrasse em quem o eleitor votou. E que esse cupom fosse colocado numa urna tradicional ao lado dos mesários, para fins de comprovação posterior. Uma coisa é certa: nenhum outro país no mundo, depois de examinar, quis comprar nosso ‘avançadíssimo, rápido e moderno' método de escrutínio, nem o Paraguai.