SHOW DO DJAVAN - UM GRANDE ARTISTA PARA UM PÚBLICO ERRADO
Na virada da madrugada de hoje, quando nossa cidade relicária fez seus 100 anos, os ouvintes da boa música de nossa MPB que lá estavam puderem ter o prazer, após uma espetacular queimas de fogos, ouvir esse grande cantor.
Pena que esses ouvintes da boa música de nossa MPB parece que estavam em números bem reduzidos, pois o que se via, com exceção de duas músicas que Djavan contou acompanhado de milhares de vozes, que foram temas de novelas, era uma plateia completamente alheia ao que acontecia no palco. Muitos grupos bebiam e conversavam como se não estivesse ali um grande ícone de nossa música. Outros, bastante jovens, debochavam da performance do artista em palco. Fiquei preocupado com uma rapaz que dormia encostado no alambrado do alto de um camarote. Era agoniante ver o cantor dando o máximo de si e pessoas apáticas a ele.
Foi um artista certo, escolhido para os ouvintes da boa música de nossa MPB se deleitarem no centenário de Marabá, o público é que pareceu errado. Estavam ali milhares de pessoas que amam uma "boa música", mas não no estilo Djavan, ficou claro. Uma plateia popular ávida por um batidão, um brega, um "Leque, leque, leque", talvez, não sei, uma dessas coisas que chamam "Sertanejo universitário", ou uma daquelas cuja moda agora é falar de carro.
Foi o que vi, foi o que observei. Valeu prefeito por nos proporcionar Djavan Caetano Viana, esse nordestino de Maceió, que conquistou o mundo com seu talento de compositor e sua voz belíssima. (Blog do Aurismar)
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Acho que não seria de outra forma a reação de pessoas sem alternativas culturais desde a extinção do Fecam, o fim das discussões coletivas sobre qualquer tema, e do início da crescente lavagem cerebral fundada na ideia de que você não precisa estudar para se dar bem na vida. Ou chegar à presidência da República.
6 comentários:
Dr. Ademir, o Sr. Aurismar tem razão quando cita no Show do Djavan, "muitos grupos que bebiam e conversavam indiferentes, outros, bastantes jovens debochavam". Assim, como a grande maioria dos presentes onde eu e família estávamos - próximos ao palco - graças a Deus, todos dançando e cantando as músicas do artista. A seletividade a que se refere o professor, no caso, era/é simplesmente impossível. Pois, é uma questão tambem cultural. Em 06.04.13, Mba.-PA.
Puro preconceito.
Infeliz abordagem.
O povo tambem tem direito a cultura e de escolher a que cultura apreciar.
Arigó, gosta de forró!O Ministério da Saúde adverte: forró universitário causa atrofia e retardo mental.
Pô! Chamar a praga alienante do forro universitário de cultura?! Essa galera tá perdida! Luiz Gonzaga deve tá revirando no caixão.
Passado o período festivo dos 100 anos.
Agora é hora de trabalhar, asfaltando ruas e tapando buracos, pois as avenidas principais da cidade estão uma verdadeira tabua de pirulito, e nos olhos do gestor municipal. (em frente ao Posto São Bento está horrível, e em vários lugares).
É hora de acabar com o pão e circo e começar a trabalhar.
Também precisamos de medicmaentos nos hospitais e merenda nas escolas.
Ora, quem foi acostumado a ouvir melody, funk etc..., só vai gostar disso, com raríssimas exceções.Aliás as "letras", se assim se deva chamar, são de um mau gosto à toda prova. 10.04.13, Mba.-PA.
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