Contra privatização servidores abraçam Santa Casa
Sábado, 27/04/2013, 08:11:21 - Atualizado em 27/04/2013, 08:11:21
Alerta de que a Santa Casa poderia ser privatizada foi dado pelo Sindmepa na semana passada (Foto: Cinthya Marques)
Servidores da Santa Casa de Misericórdia realizaram, na manhã de ontem, um abraço coletivo no prédio centenário localizado no bairro do Umarizal. O ato foi um protesto contra a possibilidade de privatização da instituição denunciada pelo Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), na semana passada.
Reunidos desde as 9h na esquina da Generalíssimo Deodoro, os manifestantes ocuparam parte da pista da Bernal do Couto deixando o trânsito lento até às 11h, quando uma comissão formada por membros de entidades representativas dos servidores foi recebida pela diretora presidente da fundação, Maria Eunice Begot. “Jamais aceitaremos outro vínculo que não o público para a condução da Santa Casa, que é um patrimônio da população e não do governo”, disse André Queiroz, diretor do Sindicato dos Enfermeiros do Pará.
TERCEIRIZAÇÃO
TERCEIRIZAÇÃO
Os servidores denunciam que alguns setores como portaria, cozinha e lavanderia já estariam terceirizados e que a expansão para outros segmentos do hospital, como laboratório e neonatologia, é questão de tempo.
“Nós estamos preocupados com a forma com que o governo vem se articulando e estudando essa nova gestão da Santa Casa, não só pensado nos servidores, mas também nas condições de atendimento da população. O governo declara a possibilidade de concessões e nós entendemos que essa é uma filha legítima da privatização”, criticou o presidente da Associação de funcionários da Santa Casa, Flávio Roberto Costa.
“Nós não vamos aceitar que uma instituição construída com o dinheiro da população seja de repente entregue nas mãos de um serviço privado”, afirmou o diretor do Sindmepa, João Gouveia. As organizações de saúde prometem novas manifestações.
DIRETORA NEGA PRIVATIZAÇÃO
DIRETORA NEGA PRIVATIZAÇÃO
Eunice Begot disse que a denúncia de privatização não passa de rumores. “Nunca houve nenhuma possibilidade de privatizar os serviços da fundação. Hoje, o que há de concreto é que a Santa Casa continuará como sempre, 100% SUS”.
(Diário do Pará)
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