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sábado, 4 de maio de 2013

Justiça em crise: faltam juízes e servidores


Até final de dezembro de 2012 estavam “represados” no Fórum de Marabá exatos 41.275 processos. A comarca só perde para Santarém com seus 45.289 processos. No período, 10.814 novos autos foram distribuídos, 15.396 baixados e 5.052 julgados. São dados da Coordenadoria de Estatística do Tribunal de Justiça do Estado.
A média de processos em cada uma das três Varas Cíveis gira em torno de 8.000. Na Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher avultam as ocorrências: são 2.324 casos, quase tantos quanto as registradas na 5ª Vara Penal (3.421).
No Juizado Especial, são 5.358 processos, assim distribuídos: Cível – 3.858; Criminal, 1.170; Meio Ambiente – 330.
Mas o inferno astral do Fórum “Juiz José Elias Monteiro Lopes” não é recente. Em 17 de fevereiro de 2012, dez juízes então aqui lotados reuniram-se para discutir e resolver a situação dos servidores comissionados e/ou temporários cedidos pela prefeitura. Então ficou deliberado que à medida que fossem encerrados os contratos/portarias e os prazos das cessões dos servidores de Marabá, não haveria renovação dos contratos ou instrumentos de cessão vinculados ao fórum, “devendo as vagas respectivas serem providas por servidores concursados do quadro do município de Marabá. E o prazo máximo  para a desvinculação de todos os servidores não efetivos seria 31 de dezembro de 2012.
Aparentemente, isso não aconteceu, porque dos 125 funcionários cedidos, pelo menos cem retornaram à prefeitura sem a esperada reposição dos efetivos.
Em 22 de fevereiro de 2013, o juiz titular da 1ª Vara, César Dias de França Lins, através do Ofício n° 08/2013 informou ao presidente da Subseção da OAB Marabá, Haroldo Gaia, “está com deficiência no quadro de servidores, vez que o prefeito retirou todos os servidores da prefeitura, necessitando-se da rápida intervenção do presidente do TJPA.”
Lembrando que a 1ª Vara Cível é a mais antiga da comarca, porquanto com o maior número de processos distribuídos face as suas competências privativas, comunicou a suspensão do atendimento ao público em geral e advogados, na secretaria da respectiva vara, “em razão do número reduzido de servidores (atualmente contando com dois servidores e um estagiário), bem como do acúmulo de serviço, da grande demanda e da necessidade urgente de cumprimento de atos processuais, além de ter apresentado problema na distribuição de processos no ano de 2012, tendo recebido mais do dobro de processos em relação à 2ª vara cível e mais de 1/3 em relação à 3ª vara cível, fato este já de conhecimento da Corregedoria do Interior do TJPA.”
No início de fevereiro recente, a Subseção da OAB requereu ao TJPA uma audiência para tratar, entre outros assuntos pertinentes e jurisdicionais da comarca, sobre servidores cedidos, a questão dos rodízios de férias dos juízes, necessidade de criação de novas varas, e possibilidade de transformação da comarca em 3ª Entrância como atrativo para a fixação de magistrados no Sul e Sudeste do Pará.
A OAB não informou se houve confirmação da reunião pedida.
Enquanto isso, na terça-feira (30 de abril), advogados de Tucumã e Ourilândia do Norte fizeram um protesto pela falta de juiz na região.
Denunciaram que o Tucumã está sem juiz titular há quase um ano, enquanto o problema em Ourilândia vem desde 2010.
Com o apoio dos moradores, eles fizeram um abaixo assinado cobrando providências do Tribunal de Justiça do Estado (TJE).

2 comentários:

Anônimo disse...

tem magistrado preocupado em manter emprego de sua companheira na prefeitura o resto e que se exploda.

Anônimo disse...

Em Tailândia a bandidagem da pipocando! Transferiram a Promotora que só fazia recomendar as denúncias gravissimas, e pra completar o juiz é inexperiente, é sua 1ª Comarca que atua. Só Jesus na causa! Ou ele saí expert ou de lasca!!!