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terça-feira, 22 de maio de 2007

Índio bom…

Do deputado federal Asdrúbal Bentes, em entrevista hoje de manhã, 22 de maio, na rádio Clube de Marabá: “A Funai, se não existisse, não faria nenhuma falta.” Tudo porque ele defende a permanência de invasores (mais 250 bois) na reserva indígena Apyterewa.

6 comentários:

Unknown disse...

Asdrúbal trouxe o trombone.

Ademir Braz disse...

E anda, mano, a tocá-lo com tanta estridência, de olho na viúva ingênua das burras abastadas e abestadas, que vamos ter de eleger alguém para dar fim a tanta azucrinação.
Você sabia? Parece já consolidada em Marabá mais uma dupla caipira prometendo botar pra quebrar ano que vem.
Deus proteja minhas galinhas de tanto cacarejo.

Anônimo disse...

Caro Ademir:

Primeiro, meus respeitosos cumprimentos e congratulações pelo seu excelente blog. Capacidade jornalística e sensibilidade poética fazem parte de sua formação. Não é à toa que muitos o têm, inclusive eu, como um dos mais completos profissionais da área.
Segundo, preciso repor ao seu verdadeiro contexto frase a mim atribuída numa entrevista a emissora de rádio de Marabá. A expressão “a Funai, se não existisse, não faria nenhuma falta”-, jamais teve “a premissa básica” - conforme você faz crer em seu post, de defender a extinção dos índios. Isso não faz parte de minha formação humanitária, verdadeiramente de defesa dos direitos humanos e da propagação da paz entre os povos.
Quando me referi a Funai, o disse no sentido de que esse órgão não vem cumprindo sua missão constitucional de elevar a qualidade de vida dos nossos aborígenas com práticas de políticas definidas e voltadas para amenizar os conflitos existentes em grande parte das reservas indígenas. Se você ouviu a entrevista toda, o contexto da frase foi nesse sentido. E isso é uma verdade absoluta de inteiro conhecimento da imprensa e da sociedade como um todo.
Eu defendo uma reformulação completa na atual estrutura da Funai, porque do jeito em que o órgão se encontra, dirigido por muitas pessoas viciadas e responsáveis pelo estímulo à comercialização de madeiras no interior das reservas, os índios brasileiros nunca terão paz em seus habitat.
Aproveito para estender-me também ao comentário do Juvêncio Arruda, excelente acadêmico da UFPA e que tantos serviços desenvolve em favor do povo paraenses com pesquisas e agora à frente de um blog respeitado: o trombone toca, sim. Toca em favor da paz, do desenvolvimento do Pará e de sua gente. Já que escolhemos a política como atividade profissional a ser tocada com denodo e honestidade, o trombone pede passagem para anunciar nossa disposição inabalável de continuar trabalhando com honestidade – sempre com HONESTIDADE -, em favor de dias melhores para todos.
Um abraço respeitoso.
Asdrúbal Bentes
Deputado Federal

Ademir Braz disse...

Ilustre deputado:
Suas colocações serão sempre benvindas a este blog, cujo propósito é discutir os interesses regionais do ponto de vista das comunidades, cuja característica mais evidente é a desorganização social (talvez porque a prioridade da grande maioria seja a sobrevivência imediata num contexto de selvageria cada vez maior).
ouvi atentamente sua longa entrevista à Rádio Clube de Marabá, onde o senhor defendeu os interesses dos invasores da Apyterewa, aliás, com a mesma veemência com que, em Brasília,defendeu os interesses dos latifundiários urbanos que vivem a braços hoje com invasões igualmente violentas e predatórias, transformada, pelos invasores, em negociatas nem tanto clandestinas e que já resultaram até em morte de pelo menos um parceiro daquela organização criminosa, expulsa da cabeceira do aeroporto e depois alojada nas terras do espólio de Almir Morais.
No primeiro caso, o da Apyterewa, não seria melhor buscar fortalecer a Funai, em prolongado processo de morte por inanição? Ao depois, como defender a consolidação de mais uma favela urbana que jamais terá, aqui, uma política de saneamento básico, de regularização de lotes, de distribuição de água digna, de segurança pública e de saúde - elementos primordiais que faltam, entre tantos outros, no km-8, bairro do aeroporto, jardim Bom Futuro, Jardim União,neste onde os moradores do entorno do cemitério juntam, em seus pocos sem reboco e sem tampa, a água dos mortos trazida pela chuva?
Claro, não o estou responsabilizando pela prolongada falência administrativa desta cidade - fenômeno que nos chega desde o último bom prefeito que Marabá já teve: Pedro marinho de Oliveira, em segundo mandato no início da década de 70.
Mas será que não temos alternativas, haveremos de carpir sempre a dor sem termo de sucessões desastrosas e de costas para o interesse público?
Também não está posta em dúvida a HONESTIDADE de Vossa Excelência. Não se falou nisso, a propósito.
O que temos, parece, é um desencontro entre o que precisamos para a região e as propostas colocadas agendadas longe do sol que nos alumia, que depois nos são empurradas goela abaixo como fatos consumados.
O que o senhor está achando, por exemplo, da decisão do "prefeito boa praça" em anunciar (hoje, 23 de maio, carro-de-som anunciava a façanha nas ruas da Velha Marabá) a contratação de professores temporários para substituir os que estão em greve contra a proposta de reajuste salarial de 6%?

Anônimo disse...

Ademir, a farra de um grupo de deputados estaduais que viajaram ao Rio Grande do Sul sob o prertexto de participar de um encontro merece ser conferida. Nos bastidores, ao que se sabe que a missão está mais para curtir o frio e concretizar desejos amorosos do que propriamente discutir o papel do legislativo que está mais do que desgastado. Vale dar uma espiadinha...

Ademir Braz disse...

Peralá, anônimo das 05;54: não me diga que nossos deuses desceram do Olimpo e foram empanturrar-se de vinho e neve em são Gabriel...
Ano passado, um jornalista infiltrado nessas gloriosas "caravanas do amor e do ócio" mostrou na tevê a mesmíssima esbórnia - um luxo! - e não sei o que resultou da lambança.
Agora são os nossos, é?
Que coisa!...
E os sacanas nem convidam a gente...