Do deputado federal Asdrúbal Bentes, em entrevista hoje de manhã, 22 de maio, na rádio Clube de Marabá:
“A Funai, se não existisse, não faria nenhuma falta.” Tudo porque ele defende a permanência de invasores (mais 250 bois) na reserva indígena Apyterewa.
6 comentários:
Asdrúbal trouxe o trombone.
E anda, mano, a tocá-lo com tanta estridência, de olho na viúva ingênua das burras abastadas e abestadas, que vamos ter de eleger alguém para dar fim a tanta azucrinação.
Você sabia? Parece já consolidada em Marabá mais uma dupla caipira prometendo botar pra quebrar ano que vem.
Deus proteja minhas galinhas de tanto cacarejo.
Caro Ademir:
Primeiro, meus respeitosos cumprimentos e congratulações pelo seu excelente blog. Capacidade jornalística e sensibilidade poética fazem parte de sua formação. Não é à toa que muitos o têm, inclusive eu, como um dos mais completos profissionais da área.
Segundo, preciso repor ao seu verdadeiro contexto frase a mim atribuída numa entrevista a emissora de rádio de Marabá. A expressão “a Funai, se não existisse, não faria nenhuma falta”-, jamais teve “a premissa básica” - conforme você faz crer em seu post, de defender a extinção dos índios. Isso não faz parte de minha formação humanitária, verdadeiramente de defesa dos direitos humanos e da propagação da paz entre os povos.
Quando me referi a Funai, o disse no sentido de que esse órgão não vem cumprindo sua missão constitucional de elevar a qualidade de vida dos nossos aborígenas com práticas de políticas definidas e voltadas para amenizar os conflitos existentes em grande parte das reservas indígenas. Se você ouviu a entrevista toda, o contexto da frase foi nesse sentido. E isso é uma verdade absoluta de inteiro conhecimento da imprensa e da sociedade como um todo.
Eu defendo uma reformulação completa na atual estrutura da Funai, porque do jeito em que o órgão se encontra, dirigido por muitas pessoas viciadas e responsáveis pelo estímulo à comercialização de madeiras no interior das reservas, os índios brasileiros nunca terão paz em seus habitat.
Aproveito para estender-me também ao comentário do Juvêncio Arruda, excelente acadêmico da UFPA e que tantos serviços desenvolve em favor do povo paraenses com pesquisas e agora à frente de um blog respeitado: o trombone toca, sim. Toca em favor da paz, do desenvolvimento do Pará e de sua gente. Já que escolhemos a política como atividade profissional a ser tocada com denodo e honestidade, o trombone pede passagem para anunciar nossa disposição inabalável de continuar trabalhando com honestidade – sempre com HONESTIDADE -, em favor de dias melhores para todos.
Um abraço respeitoso.
Asdrúbal Bentes
Deputado Federal
Ilustre deputado:
Suas colocações serão sempre benvindas a este blog, cujo propósito é discutir os interesses regionais do ponto de vista das comunidades, cuja característica mais evidente é a desorganização social (talvez porque a prioridade da grande maioria seja a sobrevivência imediata num contexto de selvageria cada vez maior).
ouvi atentamente sua longa entrevista à Rádio Clube de Marabá, onde o senhor defendeu os interesses dos invasores da Apyterewa, aliás, com a mesma veemência com que, em Brasília,defendeu os interesses dos latifundiários urbanos que vivem a braços hoje com invasões igualmente violentas e predatórias, transformada, pelos invasores, em negociatas nem tanto clandestinas e que já resultaram até em morte de pelo menos um parceiro daquela organização criminosa, expulsa da cabeceira do aeroporto e depois alojada nas terras do espólio de Almir Morais.
No primeiro caso, o da Apyterewa, não seria melhor buscar fortalecer a Funai, em prolongado processo de morte por inanição? Ao depois, como defender a consolidação de mais uma favela urbana que jamais terá, aqui, uma política de saneamento básico, de regularização de lotes, de distribuição de água digna, de segurança pública e de saúde - elementos primordiais que faltam, entre tantos outros, no km-8, bairro do aeroporto, jardim Bom Futuro, Jardim União,neste onde os moradores do entorno do cemitério juntam, em seus pocos sem reboco e sem tampa, a água dos mortos trazida pela chuva?
Claro, não o estou responsabilizando pela prolongada falência administrativa desta cidade - fenômeno que nos chega desde o último bom prefeito que Marabá já teve: Pedro marinho de Oliveira, em segundo mandato no início da década de 70.
Mas será que não temos alternativas, haveremos de carpir sempre a dor sem termo de sucessões desastrosas e de costas para o interesse público?
Também não está posta em dúvida a HONESTIDADE de Vossa Excelência. Não se falou nisso, a propósito.
O que temos, parece, é um desencontro entre o que precisamos para a região e as propostas colocadas agendadas longe do sol que nos alumia, que depois nos são empurradas goela abaixo como fatos consumados.
O que o senhor está achando, por exemplo, da decisão do "prefeito boa praça" em anunciar (hoje, 23 de maio, carro-de-som anunciava a façanha nas ruas da Velha Marabá) a contratação de professores temporários para substituir os que estão em greve contra a proposta de reajuste salarial de 6%?
Ademir, a farra de um grupo de deputados estaduais que viajaram ao Rio Grande do Sul sob o prertexto de participar de um encontro merece ser conferida. Nos bastidores, ao que se sabe que a missão está mais para curtir o frio e concretizar desejos amorosos do que propriamente discutir o papel do legislativo que está mais do que desgastado. Vale dar uma espiadinha...
Peralá, anônimo das 05;54: não me diga que nossos deuses desceram do Olimpo e foram empanturrar-se de vinho e neve em são Gabriel...
Ano passado, um jornalista infiltrado nessas gloriosas "caravanas do amor e do ócio" mostrou na tevê a mesmíssima esbórnia - um luxo! - e não sei o que resultou da lambança.
Agora são os nossos, é?
Que coisa!...
E os sacanas nem convidam a gente...
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