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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pena de morte

Sobre a instituição da pena de morte no Brasil, ressuscitada sempre que o Estado fracassa na repressão ao crime, recebi consideráveis ponderações do amigo marabaense Márcio Mazzini, o eremita de Rondônia, Roraima, qualquer lugar desses aí.
Vocês, se puderem (e quiserem), podem mandar-lhe sugestões.


Estou completamente de acordo com governador Sérgio Cabral Filho quanto à liberação dos estados para que cada um adote as penalidades e idade limite de acordo com as características de cada estado. Se é assim nos USA, porque não aqui?
O Brasil é uma república federativa, pois não? Então vai que os estados adotem a pena de morte para crimes hediondos.
Aqui vai minha sugestão sobre a forma de execução em cada estado, respeitando-se a cultura local e a história de cada um:
Rio de Janeiro - Fuzilamento. É o estado com maior know-how sobre o assunto.
São Paulo - Cadeira elétrica. Os paulistas são muito sofisticados. As execuções, entretanto, só poderão acontecer nos meses chuvosos, para evitar um possível e inconveniente apagão fora de hora...
Minas Gerais - Forca! - Mineiros são muito saudosistas.
Rio Grande do Sul - O 'Chá da Meia Noite'. Uma mistura de chimarrão com cicuta que o condenado beberá por livre e espontânea pressão. És asi que muere um macho, tchê!
Santa Catarina e Paraná - Não adotarão a pena de morte por serem muito civilizados. Mas logo logo se arrependerão, pela migração maciça de criminosos para seus estados. Daí, vão adotar a pena de morte, na câmara de gás. Mas, como são muito civilizados, o gás terá que ser produzido pelos próprios condenados, mediante uma ingestão constante de chucrute azedo com costela de porco defumada (e, claro, ligeiramente fora do prazo para consumo). E depois de executados, o gás será reciclado para servir de combustível para a cremação dos corpos. E as cinzas dos corpos servirão de adubo para as hortas das penitenciárias estaduais, que produzirão muito repolho para fazer mais chucrute. Tudo muito clean, muito correto ecologicamente.
Bahia - Injeção letal. O condenado será amarrado a uma rede e nele será injetada uma mistura de água de coco com Lexotan e Dormonid em doses cavalares. O condenado morrerá dormindo na rede, tal como passou grande parte da vida.
Alagoas - Morte por peixeirada na jugular. Será criada uma escola de carrascos: “Memorial Lampião”. Excelente fonte de novos empregos.
Amazonas - Flechada com curare. Excelente para a criação de mais empregos para os índios.
Pará - Motosserra.
Acre - Fogueira.
Rondônia - O elemento será entregue no presídio Urso Branco para ser degolado pelos outros presos.
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul - Não terão pena de morte. Os condenados à prisão perpétua serão deportados para o Paraguai e Bolívia, respectivamente, onde serão alugadas excelentes instalações penitenciárias.
Brasília - No Distrito Federal, o condenado terá direito a foro privilegiado e poderá escolher a forma de execução:
1 - Ser amarrado em uma poltrona reclinável, confortável, no ar condicionado, apenas de cueca (com alguns milhares de dólares dentro, tudo pago pelo estado, claro) e ser devorado por sanguessugas e ratazanas.
2 - Ser amarrado em uma poltrona reclinável, confortável, ar condicionado, impecavelmente vestido com terno completo Giorgio Armani (tudo pago pelo estado, claro), e ter aplicada no rosto do condenado uma mistura de pó de serragem com cola de sapateiro. O condenado morrerá em pleno barato e após a morte ainda revelará sua verdadeira face, oculta durante toda sua vida: a cara de pau.
Para os demais estados, estamos abertos a sugestões.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bem, meu beletrista e imortal,
No Pará, além da motosserra, como muito bem sugerido, os criminosos de Marabá, podem ter uma execução bem mais forte. Basta ao carrasco ficar colado aos ouvidos do condenado, lembrando-o a todo o instante, sem interrupção, que votou no Maurino. Dentro de horas o cara não resiste: morre de desgosto, sem ônus para o erário municipal.

Dr. Valdinar Monteiro de Souza disse...

Beleza! Achei 10, mano velho!

Anônimo disse...

Muito espirituoso o Márcio Mazzini. Em 29.08.10, Marabá-PA.