“O vice-presidente da República . Michel Temer (PMDB) divide com o líder do PMDB na Câmara , deputado Henrique Alves, o débito acostado pelos deputados federais da sigla na coluna de perdas do partido na divisão do bolo político da República .
À presidente Dilma Rousseff debita, o PT, o “pouco ” espaço alcançado pelo partido naquele mesmo bolo .
Está esticado ao extremo o elástico que liga o PT e o PMDB nesta etapa das negociações para o loteamento do segundo escalão do governo . Mas , ele não romperá.
Na semana passada , julgando-se traído pelo ministro da Saúde , a quem ajudou a chegar ao Ministério contrariando o próprio partido , o líder do PMDB, Henrique Alves, protagonizou uma desinteligência telefônica com Alexandre Padilha, que faz movimentos para subtrair do PMDB uma estratégica cabeça de ponte do seu ministério , a presidência da FUNASA.
Dilma Rousseff apelou ao vice-presidente para tentar jogar água fria na fervura peemedebista , enquanto tenta apaziguar os petistas e, de quebra , as demais siglas da composição governista .
Michel Temer , ontem em São Paulo, tirou por menos à imprensa , negando que haja insatisfações e justificando que são comuns estas tensões nas montagens de governos , para em seguida trair-se: "No começo , um pouco de insatisfação é natural ".
O fato é que tanto Michel Temer quanto Henrique Alves, aquele preocupado em manter a liturgia do cargo , e este intuído a atos de reverência servil para lhe pavimentar o caminho à presidência da Câmara Federal no segundo biênio , saíram-se mal no figurino inicial e agora , para remediar , tentam recompor as vestes mal talhadas.
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