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terça-feira, 7 de junho de 2011

Polícia identifica suspeito do assassinato de casal de extrativistas no Pará

A Polícia Civil de Marabá divulgou nesta terça-feira (7) que identificou um suspeito da morte do casal de extrativistas José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo.  O crime, que gerou um clima de insegurança no assentamento Praialta Piranheira, em Nova Ipixuna (PA), aconteceu no dia 24 de maio, quando o casal foi assassinado em uma emboscada.  As informações são do portal de notícias G1.
Os detalhes da investigação não serão revelados para não comprometer o trabalho policial.  A Secretaria de Segurança Pública não confirmou se o suspeito está preso ou não.  Luiz Fernandes Rocha, secretário de Segurança Pública do Pará, afirmou ao portal que mais de 20 policiais estão envolvidos na elucidação da morte do casal de ambientalistas.
Rocha disse ao portal que "as investigações ainda estão em andamento, mas a polícia já tem convicções formadas.  Este é o principal suspeito do crime.  A gente já viu esse filme com a morte da irmã Dorothy".
Os laudos do Instituto de Medicina Legal (IML) devem ficar prontos até o fim desta semana.  Os documentos vão servir para balizar o Instituto de Criminalística para uma possível reconstituição do crime.  Os laudos do IML devem apontar o tipo de arma usada e a forma como as vítimas foram mortas.
Ameaçados de morte
Em dez anos foram assassinados 42 líderes no Pará, segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT).  A pastoral também divulgou, na semana passada, uma lista com o nome de 30 trabalhadores rurais na região de Marabá que estão recebendo ameaças ou que já sofreram algum tipo de atentado no período de 2000 a 2010.  De acordo com a organização, foi apresentada ao governo federal uma lista com 1.855 nomes de trabalhadores que sofreram algum tipo de ameaça no período.  Destes, 207 receberam mais de uma ameaça.
Para reforçar a segurança dos assentados, uma força tarefa formada por policiais federais, agentes do Exército e da Força Nacional hoje (7), na região.
Até então sem proteção direta de forças de segurança, grupos de assentados no Pará improvisaram uma milícia armada com porretes de madeira para controlar distúrbios e alertar sobre ação de pistoleiros.
Segundo a CPT, há 70 mil famílias assentadas ou cadastradas em 39 municípios que compõem o Sul e Sudeste do Pará. (Fonte: Amazonia.org.br)

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