A reação de Couto foi cinematográfica, na versão do deputado estadual Parsifal Pontes, no melhor estilo saloon do Far west. Veja:
Na mais recente rebordosa entre o PT e o PSDB, originada nas fraudes investigadas na ALEPA, o senador Flexa Ribeiro impostou-se à ilharga do senador Mario Couto e foi o primeiro, no expediente desta tarde do Senado, que abriu fogo rumo ao quarteto vermelho.
Flexa Ribeiro sacou o Código Penal e disparou o art. 288 na testa de Puty, Faro e Zé Geraldo, incluindo o neo deputado federal Miriquinho, para fazer os quatro exigidos pela definição, acusando-os de formação de "quadrilha".
Para estribar-se à sela Flexa leu inúmeras matérias publicadas na imprensa e desfilou a folha corrida dos quatro, revelando os processos em que todos são réus.
A peroração foi carregada: acusou os quatro de formarem um "bando que tomou de assalto o governo do Pará nos últimos quatro anos.".
Apeou-se Flexa arreou-se Mario Couto, que sacou o Colt do coldre e engatilhou o cão que percutiu nas cápsulas encaixados no tambor.
O Colt não negou fogo: Mario Couto asseverou que Puty, Zé Geraldo, Beto Faro e Miriquinho são "safados" e "cínicos", e que respondem a diversos crimes.
Os projéteis deflagrados enumeravam os delitos: Zé Geraldo é acusado de arrecadação ilegal de recursos junto a madeireiros para campanhas políticas do PT; Puty é alvo de ação por conduta vedada à administração pública; Beto Faro foi preso e algemado por supostas irregularidades no INCRA; Miriquinho responde a processo pela emissão de falsas carteiras de pescador.
O deputado Miriquinho levou mais um tiro na recarga: disse Mario Couto que ele seria o "Palocci do Pará", por ter aumentado em 1000% o seu patrimônio pessoal durante seu último mandato de deputado estadual.
Como ainda tinha bala e não mais em quem atirar em Brasília, o senador voltou as rédeas do alazão ao Pará e um tiro de raspão atingiu a orelha esquerda do presidente local da OAB, Jarbas Vasconcelos, ao dizer que, ao contrário dos petistas, nunca foi preso e quem o queria prender agora seria o “PT do Jarbas Vasconcelos.". Couto devia estar se referindo ao abaixo assinado cometido pela OAB-PA, entregue ao MPE, que pede a prisão sumária de quem respirar por perto das investigações da ALEPA.
Antes de baixar a arma, ainda saindo fumaça do cano, Couto reptou a ex-governadora Ana Julia, acusando-a de estar participando da operação que visaria lhe cassar o mandato, admoestando-a: “ela não perde por esperar...”.
Um comentário:
Ademir,
Quem assiste esse cidadão (Mário Couto) discursando na tribuna do Senado Federal, Fazendo acusações as pessoas, achincalhando tudo que é político, imagina que ele está acima do bém e do mal.
Acho importante que o MPE investigue também os peixes grandes e que faça devolver o que foi fraudado na ALEPA.
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