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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Sai Vale, vem Cikel


Distrito Industrial de Marabá
Quem primeiro levantou a lebre, em julho deste ano, foi o blog de Hiroshi Bogéa:A usina de ferro gusa da Vale, instalada no Distrito Industrial de Marabá, tem data definida para desativação. Em outubro próximo, a Ferro Gusa Carajás desmobiliza seu parque industrial, no embalo da crise que abate o setormais de três anos.”
A desativação, segundo ele, decorreria da falta de insumos próprios para consumo, uma vez que o carvão vegetal utilizado na produção de ferro gusa era todo produzido na área de reflorestamento da mineradora, no Maranhão, cuja propriedade a Vale repassara a Suzano Papel e Celulose, que montará uma fábrica de celulose na cidade de Imperatriz com capacidade de 1,5 toneladas, para ativação no final de 2013.
Para o Sindicato dos Metalúrgicos de Marabá (Simetal), parece que a ficha só caiu agora em outubro, quando seus representantes procuraram o Correio do Tocantins para contar que ouviram dizer que a Ferro Gusa Carajás vai fechar. Outra que também ouviu dizer foi a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Mineração, Ciência e Tecnologia.
Jogando enfim uma luz sobre tanto ouvi-dizer, a Vale mandou nota ao CT informando que “está desenvolvendo estudos para avaliar a desmobilização das operações da Usina Ferro Gusa Carajás (FGC), em função da indisponibilidade de carvão legal produzido a partir de madeira de reflorestamento. Os estudos preveem que os empregados da FGC, uma vez aprovado o processo de encerramento das atividades, sejam transferidos para outros projetos ou operações da Vale na região e os ativos remanescentes sejam vendidos somente para empresas que comprovarem uso de carvão legal”.
Para as ruas, o óbvio: lá se vai mais uma empresa da Vale para o Maranhão. Enão há qualquer garantia de que a Alpa saia da prancheta.
Mas enquanto a Vale vai embora, ao que comentam por pressões no escalão de cima feitas por Johannpeter Gerdau, uma fonte disse ao jornalista que o Grupo Cikel vai entrar no ramo da produção de gusa no Distrito Industrial de Marabá, já a partir de dezembro próximo. Inclusive, há quase três anos o grupo havia adquirido uma guseira já instalada e fechada no auge da crise do carvão vegetal e das multas milionárias do Ibama. 
O Grupo Cikel é um dos mais importantes do segmento empresarial do Brasil. Administra uma área de florestas de aproximadamente 500 mil hectares, possui mais de 1.900 profissionais, em sete complexos industriais no Pará, Maranhão e Paraná, e produz anualmente mais de 120.000 m³ de madeiras serradas e beneficiadas, pisos, compensados e lâminas torneadas, trabalhando com espécies de madeira tropical. Seus clientes espalham-se pelo Brasil, Europa, EUA, Caribe, Oceania e Ásia, e ela também atende distribuidores e revendedores de madeira, empresas ferroviárias e as indústrias de construção civil, moveleira, naval, de embalagens, e de componentes e artefatos de madeira.
Em Marabá, o grupo empresarial aliou-se a outras guseiras e a fim de escapar do monopólio da Vale compraram uma reserva de minério de ferro em Curionópolis. Assegurada a fonte de matéria-prima, a Cikel vai alimentar seus altos-fornos com o carvão que já produz e vende a terceiros a partir das sobras da madeira que produz e processa para exportação.
A intenção, segundo a fonte, será gerar pelo menos 600 novos empregos diretos com a guseira trabalhando em quatro turnos.
É uma excelente notícia para uma região em que o desemprego acentua-se da noite para o dia e a economia dá sinais de recessão. 

7 comentários:

Anônimo disse...

Ademir, Parente cade essa tá dé secretaria de industria e mineração, tão cobrada na campamha de 2007, amodo que niguem nem ouvi falar ou virou visaje, credo sumano, Eu....Emmmm.....!

Contraponto disse...

Estás certíssimo, líder. Tenho a mesma informação. Aguardava apenas o anúncio da Cikel que está previsto para dezembro. Por outro lado, apesar dos esforços de alguns, a Alpa pode subir no telhado a qualquer momento. Nos próximos 30 dias teremos novidades, com certeza. Podem não ser muito boas. Uma pena.
Em tempo: Adorei o texto sobre a morte do teu amigo "Pirralho". Tomara que quando eu me for alguém lembre de escrever algo assim! Parabéns.

Anônimo disse...

Essa nova mano! Vale a pena ver de novo. O que tá faltando mano é nói se mancá e admitir que o convênio PARÁ X MARANHÃO gerenciado pela VALE e apadrinhado por Jader e Sarney é: ''Vai minério e vem miséria'', e é daí pra pior. Não temos representação política.

CEBINHO

Anônimo disse...

Alpa e divisão do Pará não passam de cortina de fumaça para o que verdadeiramente vem acontecendo no estado e principalmente região. Quando a fumaça dissipar e der pra vê alguma coisa, o povo vai chorar, de tristeza.

Anônimo disse...

Dúvido que a CIKEL comesse a operar em dezembro. A CIKEL só vai ter viabilidade operacional quando o consórcio VERTICAL (área de minério de ferro da Leolar, Revemar, Sidenorte e CIKEL) já estiver lavrando. O que com certeza não ocorrerá nos próximos 6 meses. Outro problema é o carvão na época de chuva (apesar da CIKEL não precisar). Isso tudo somado a baixa procura do Ferro Gusa no mercado internacional + dólar com preço baixo + minério da Vale a preço astronômico = Inviabilidade momentânea.

Anônimo disse...

Parabeniso o anonimo das 10:01, por seu conhecimento no mercado flutuante globalizado, onde ele se mostrou que conhece de oscilação de bolça de valores, demanda de mercado, e de mono-polio do produto bruto. Ja pensou se o Sr. Demetrios ainda hoje estivese fazendo seus comentarios de analista de mercado globalizado na sua TV, ele ja tinha achado o culpado de tudo: O TIÃO.

Anônimo disse...

Ademir com a pouca chuva que caiu , ontem e hoje, aque na grota criminosa ja estamos vendo de novo a correria que vai ser, pos ANTES era feita toda limpeza e aina trabordava, e agora que ela só limpa nos programas de tv, ou demanhã na radio clube,ANTES ainda se via o ex. prefeito por essas banda, fomos até a obras e falaram que o atual prefeito Maurino foi pra ALEMANHA....PODE UMA COISA......DESSAS.....