Por Alexandre Figueiredo
Foi formalizada ontem, em Brasília, a fusão do Partido Popular Socialista (PPS) e o Partido da Mobilização Nacional (PMN), que resultou no Partido da Mobilização Democrática (PMD). O presidente do PPS, Roberto Freire, foi escolhido presidente do novo partido.
A fusão ocorre quando o Congresso Nacional começa a discutir uma lei que prevê limites para a formação de novos partidos, entre eles a proibição de que, em partidos que se fundem, se admita a filiação de políticos que não fazem parte dos partidos envolvidos.
O novo partido expressa a atual crise que passa o demotucanato político, com a perda dos quadros de filiados e parlamentares ligados tanto ao PPS quanto ao PSDB e o DEM. É também um contexto político em que o PSD, antigo partido de Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves, foi ressuscitado por Gilberto Kassab, e em que a "verde" Marina Silva rearticula o novo partido REDE.
Consta-se que a base oposicionista do Governo Federal, atualmente comandado pelo Partido dos Trabalhadores em parceria com o PMDB, já se começa a desenhar, esboçando o futuro quadro eleitoral do próximo ano. O demotucanato e as esquerdas vivem uma crise que influi em novos partidos e alianças insólitas como entre o PSOL e o DEM em várias cidades.
O jogo político pode se tornar imprevisível, apesar da provável tendência de reeleição de Dilma Rousseff. Isso porque, com as cirandas políticas cada vez diferentes e imprevisíveis, além de obstáculos diversos - inclusive jogos de interesses - envolvendo as bases governistas, não se pode apostar num caminho seguro para as políticas progressistas para o Brasil.
A política brasileira é uma pista esburacada e escorregadia diante de um grande nevoeiro.
Um comentário:
Demir, democracia não é só votar, mas tambem, ter mecanismos da feitura do cardapio, e não escolher no cardapio elaborado pelos donos da siglas partidarias. Todos os partidos estão provando do seu proprio veneno. Sem fusão ou criação, o que restou foi "parir" uma joint venture. Em 18.04.13, Marabá-PA.
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