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sábado, 10 de julho de 2010

Militante do MST ameaçado por telefone

Depois de ter sido preso durante duas horas e meia, ilegalmente pela Policia Militar de Curianópolis-PA, na última segunda feira, organizando famílias de trabalhadores rurais Sem Terra para mobilizações na região, o militante do MST, Edilson Pereira Celestino, vem recebendo, desde o dia 8 de julho,  ligações em seu celular, com ameaças advindas de um número restrito.
No momento de sua prisão, em Curionópolis, diz nota da Assessoria de Imprensa MST/Pará, seu celular foi retido pelo delegado, o que o faz acreditar que o número de seu aparelho telefônico tenha sido anotado por policiais e repassado para fazendeiros da região, que inclusive, como já informado por nota anterior pelo MST/Pará, foram os fazendeiros, os verdadeiros mandantes da prisão de Edilson e mais dois militantes, na ocasião.
“Mais uma vez o Estado se mostra conivente com a burguesia rural não, apenas, na criminalização dos movimentos sociais do campo, mas, também com atitudes golpistas e ilícitas que acentuam e legitimam a violência contra os militantes do MST perante a sociedade. Assim, responsabilizamos o Governo do Estado do Pará e os fazendeiros, que coordenam o Sindicato Rural de Curianópolis, contra qualquer violência que seja cometida contra o militante do MST, Edilson Pereira Celestino.”

Um comentário:

Wendel Lima disse...

Caro Ademir,

infelizmente, este é o retrato fiél do descaso do Governo Federal e estadual com a sonhada REFORMA AGRARIA.
Sai muito mais barato eliminar, com apoio de grupos de extermínio financiado por fazendeiros, dirigentes sindicais do MST do que de fato realizar a reforma agrária.
Quando uma terra é de fato desapropriada para a realização da reforma, o fazendeiro é que sempre sai no lucro... e com os milhões que ganha com a venda da fazenda para o governo, compra outras fazendas ainda maior... sem falar na parte que é grilada... e mais uma vez o fazendeiro e governo federal não veem a hora de realizar mais um processo de desapropriação...

E o pior é que nós é quem sempre pagamos o pato...

Wendel Lima Bezerra