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segunda-feira, 5 de julho de 2010

MST: prisão arbitrária em Curionópolis

Em mais uma demonstração da conduta da Polícia Militar do Pará, submissa aos interesses de fazendeiros, contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra –MST, levou a prisão três militantes do movimento, no fim da tarde de hoje, com a alegação de cobrarem das famílias o cadastro de ocupação de terra.
No entanto, nenhum recurso financeiro foi encontrado entre os detidos, reforçando evidências de que a ação da polícia tenha sido motivada pela insatisfação de fazendeiros da região, onde desde a semana passada já repugnavam a ação de militantes do MST com um carro de som convidando as famílias de trabalhadores rurais sem terra, a participarem de uma mobilização no município.
A denúncia chegou ao jornalista agora à noite, emitida pela assessoria de imprensa da Direção Estadual do MST. Segundo a nota, a arbitrariedade ocorre “porque o sindicato rural, coordenado pelos fazendeiros, encontra-se temeroso pela organização dos militantes do MST na região, onde, na semana passada, foi descoberta pelo Ministério Público do Pará, Ministério do Trabalho e Polícia Federal cinco fazendas entre os municípios de Curionópolis e Parauapebas contendo trabalhadores escravos entre homens, mulheres e até crianças.”
Por telefone, um dos militantes preso informou a dirigentes do MST, em Marabá, que homens num carro descaracterizado seguiram e vigiaram o grupo durante todo o dia, dando voz de prisão por volta das 18h de hoje.
“As devidas providências jurídicas contra mais essa arbitrariedade da justiça do Pará voltada aos militantes do MST já estão sendo tomadas”, diz a nota da Regional. E conclui: “Por fim, responsabilizamos o governo do Estado do Pará e a Polícia Militar contra qualquer violência que seja cometida contra os militantes do MST, já que as mobilizações não vão parar e, tampouco, o trabalho de convencimento com as famílias Sem Terra da região.”

Um comentário:

Ulisses Silva Maia disse...

Como sempre, infelizmente, a Administração Pública servindo aos interesses dos particulares.